segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Origens paternas!

Meu pai (Seu Kazimierz, nascido na Alemanha, mas brasileiro de carteirinha) é um cara batuta, trabalhador do cacete! Começou do zero, veio no colo da minha vovózinha (Dona Nina, Ucrâniana do inetrior) desde a Alemanha do pós-guerra, quase morreu no navio que os trouxe da miséria da segunda guerra até o Brasil. Minha avó chorava todos os dias da viagem, achava que meu avô (Seu Marian, Polako ferrenho e turrão) teria feito a escolha errada em vir para o Brasil. Queria ela ir para a América! Achava que aqui só havia macacos, mato e frutas (como ela mesmo diz).

Ela nunca havia visto um negro na vida, já tinha mais de vinte anos e durante a viagem saía para o convés do navio para tomar um ar e encontrava umas pessoas de cor... Pensava ela: "pobres homens esses, sujos de carvão das caldeiras do navio!" Só mais tarde percebeu que eles tinham a pele escura por natureza!

Nesse contexto, o trio desembarcou no Rio de Janeiro para tentar ser alguém na vida, sem lenço e sem documento... literalmente. Para ajudar, o caminhão do exército que levava meu pai e minha avó do Porto até a Estação de trem sofreu um acidente, (os homens haviam sido separados das mulheres) minha vózinha no ímpeto de proteger a prole voou na parte de trás do caminhão com meu pai no colo e abriu uma "brecha" na cabeça. Hospital e dor, sem falar uma palavra de português e com receio de estar num lugar estranho. Nessas horas meu avô chegara na estação sem saber de nada.

Por sorte, um médico falava alemão e ela pode explicar que estava a caminho da estação para encontrar-se com o velho Marian para seguir sua viagem rumo ao desconhecido.

Três semanas de trem até o destino... Porto Alegre! Alojados num barracão nos altos da Beira-Rio... ali onde hoje existe aquele condomínio horizontal em frente ao estádio do Inter, começariam sua vida por conta própria. O governo fornecia um pouco de comida e roupa... e tentava encaminhar alguns para o trabalho.

Meu avô começou numa fábrica, minha avó costurava e lavava "para fora" e recebia auxílio das freiras de uma Congregação que ajudavam os refugiados do pós-guerra! Dona Nina sempre foi hiper católica e creio que aquilo fez sua fé no Divino tornar-se algo pra vida toda.

Com o tempo, compraram um terreno na zona sul, que naquela época era um mato só. Do terreno, veio a casinha de madeira onde enfim foram morar... Sem portas, nem janelas, nem móveis, nem nada! Lembro da minha avó falando da casa com lágrimas nos olhos, descrevendo a alegria de ter seu lar... Mesmo que fosse um lar inacabado. Naquele momento eles poderiam dormir debaixo do seu próprio teto e seguir sua vida. Continuaram em seus trabalhos árduos, contando o dinheirinho para comprar um fogão, uma geladeira, uma cama e assim por diante. Minha avó plantava na horta criada nos fundos da casa (já que trabalhara muito na roça durante sua infância e seguia este serviço para os alemães durante a guerra como prisioneira, de sol a sol).

Isso é só uma pequena parte de uma vida inteira. Quem conhece minha vózinha nem acredita que ela passou por uma guerra, que ficou no cárcere, que perdeu amores, amigos e familiares. Que foi arrancada do seu lar para servir ao terceiro Reich. Que trabalhou como prisioneira sem perspectiva nenhuma. Apenas na ânsia de chegar ao fim... viva!

Hoje, meu avô já partiu para os planos invisíveis, ele sempre foi meio quietão, não tive muito contato com ele, gostaria muito que ele estivesse vivo até hoje para conversar e sentir sua história como faço com minha avó. Até hoje, quando entro na casa o vejo sentado na cozinha, com o radinho de pilhas no máximo do volume. Gremista fanático, gostava de jogar um carteado com os vizinhos, fumava pelos cotovelos e cruzava as longas pernas para apoiar os braços na coxa arqueando o tronco pra frente para se aproximar do aparelho.

Dona Nina vive na mesma casinha... cuida dela com o mesmo carinho. Vai a missa todo o domingo... Mora sozinha, cuida das suas plantinhas, chora toda vez que vê os netos e particularmente comigo, relembra sempre seus dias de guerra, de sofrimento, de tristeza e ao mesmo tempo de alegria de simplesmente ter uma vida e uma história pra contar. Já que dentro dela... tem a plena consciência de que muitos de seus amigos não tiveram a mesma sorte!

Sempre que eu penso que minha vida é difícil, que as coisas não estão bem, lembro da minha avó sentada na cozinha de sua casa, com avental sujo de farinha, suada do calor das panelinhas de metal tão antigas quanto a marca dos anos em seu rosto doce e angelical... cozinhando pra nós e sorrindo... feliz... sempre feliz... ela é pra mim, a imagem da felicidade plena e pura!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Enough Paul!


E já ia me esquecendo... Nesse meio tempo tomei um fartão de Paul. Eu sei, o pobre Sir Paul, ex-beatle, não tem culpa. A culpa é da mídia, que consegue entupir os olhos, antolhos e ouvidos do cidadão com notícia repetida e previsiva. E por mais que você queira fugir, é difícil escapar da lavagem. É capa de Zero Hora, anúncio no jornal, na TV, RBSCop sobrevoando o Beira Rio para mostrar as filas de fãs pobres coitados tendo que morar numa barraca pra conseguir um ingresso. Entrevista com o ex-porteiro de Paul, Fernanda Zaffari indo até Londres para mostrar a casa do dito cujo, gente dormindo 12 dias na fila, gritos histéricos de fãs pelancudos realizando seu sonho... Cristina Ranzolin fingindo gostar muito de Beatles para fazer valer o investimento que a RBS fez em trazer esse grande evento para nossa cidade. Ok! Ponto positivo... Nunca acontece nada de grandioso pras bandas de cá. Foi legal! Mas meu... O Jéca Camargo indo a Buenos Aires para bancar o amigão do Popstar é demais né?

Eu sei... o Paul é o Paul. Sua música influenciou muitos e mudou o mundo.

Mas deu né? Já veio e já foi. Tá, Cristina? Ok, Jéca?

Enough!

Tudo igual... Normal


Fiquei fora por um tempo... Sem muita coisa acontecendo na minha vida... Logo, não consigo transpor nada para o blog. Fazer o que? Mas fui achincalhado, estrebuchado, xingado e maltratado pelos amigos... Aí resolvi voltar antes que meus companheiros fossem as vias de fato com minha pessoa.

Desde o último post, poucas coisas aconteceram. Meu Mac já não está mais tão branquinho. Meus cabelos cresceram como nunca... Minhas unhas também! Mas tratei de roer e manter o padrão. Minha coluna voltou a gritar. Sigo fazendo exercícios não regulares na piscina do clube. Uma espécie de natação sem esforço. Tomei sol e regulei minha alimentação com a Nutricionista do meu coração Patríca Damé. No âmbito residencial, coloquei as redes de proteção e devolvi a liberdade de banho solar para minha gatinha. Minha super mãe me visita uma vez por semana para cuidar da minha casinha com aquele carinho especial... Com isso, posso deixar tudo na baderna até ela chegar. Sim! Ela gosta de arrumar. Gosta não... Ama! E quanto mais bagunçado, mais feliz ela fica. Mãezona né? Na esfera profissional as coisas vão super bem... na melhor fase da vida. escola andando sozinha... e Pasmem! Faz dois meses que não faço uma reunião de equipe! Uhúúúú! Isso é incrível. Nada de diretorias, nada de reuniões, nada de nada! Só alegria... Basta! O resultado é que a escola cresce a cada dia. Com uma turma muito legal que valoriza muito o nosso trabalho.

Fui a shows, festas, viajei, comi, bebi e dormi... como sempre. A vida segue no rumo que deve seguir... sempre em frente! Nessa altura do campeonato já estou mais pra lá do que pra cá... desligando pouco a pouco de tudo e contando os dias para as férias de verão! Festas de fim de ano... e minha viagem para Noronha com meus brothers Lucas e Brust!

É isso... viu? Nada de interessante... nada de nada!

A vida segue assim... exatamente como ela é.

E eu sigo normal!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Novo amor


"...Demorei muito pra te encontrar... agora eu quero só vocêêê... Teu jeito todo especial de seeeer, eu fico louco com vocêêê..."
Fábio Jr.
Já ouvi história terríveis sobre o dito cujo. Dizem que é difícil, que os arquivos não são compatíveis com os da maioria, que é complicado de mexer... Bobagem! É uma maravilha! Meu irmão e meu pai são representantes dos computadores da Positivo, vendem para os Estados de SC, PR e RS. Ainda bem que parente não lê blog da família! Windows é uma verdadeira m.

Meu Mac branquinho de alma angelical conquistou meu coração!

Sandro está em um relacionamento sério com seu Mac.

Mac love!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Feliz... Ser ou estar?


Sempre tive uma invejinha branca da vida que caras como Kelly Slater levam. Eu comecei a surfar com 11 anos, lá se vão 24 anos de esporte. Morando em Porto Alegre, sempre foi difícil aceitar o fato de se estar longe do mar.

Levei alguns anos para superar isso, no início ficava mal humorado se tinha que ficar na cidade no final de semana. Nos tempos de faculdade, tive um ano que cheguei a ir TODOS os finais de semana para a praia... Sem faltar nenhum!

Já tive vários amigos que largaram tudo e se enfiaram numa cidade com praia para poder saciar a vontade de surfar e estar perto do mar.

Mas depois de ler o livro For the love, que é uma semi-autobiografia do epta campeão mundial de surfe Kelly Slater, vi que não existe felicidade suprema. Na real, estamos todos limitados aos nossos desejos e esses desejos são intermináveis. Eu até arriscaria dizer que o ser humano é um ser insatisfeito por natureza.

Imagina só que loucura para eu entender isso... O cara é (bem) pago para surfar as melhores ondas do mundo, estar nas melhores praias do planeta, reverenciado por toda a comunidade do esporte no globo terrestre, com um talento único, ídolo de gerações, fatura milhões por ano em publicidade e premiações... E diz que se sente infeliz por não ter aquilo que todos nós mortais temos. Uma casa e uma família.

Ou seja... Eu e o resto do mundo queremos ter a vida do Kelly e o Kelly querendo ter a minha vida!

Pensei no quanto nós podemos ser insatisfeitos com o que temos e, talvez, nunca suprir essa insatisfação. Sim... por que novos desejos virão e esse cilco talvez nunca terminará.

Não sou muito de reclamar da vida. Até mesmo no post anterior relatei que me encontro na melhor fase, que me considero um cara feliz por ser quem eu sou e por estar onde estou. Já pensei mil vezes em ser o Kelly e levar a vida de um lado pro outro, conhecendo lugares , pessoas e países. Já cheguei a pensar que somente aí encontraria a felicidade.

Mas na real, com a maturidade, descobri que a felicidade está dentro de nós. Não importa onde estamos nem para onde vamos.

Uma vez o Mestre disse: A felicidade ou infelicidade são efeitos ilusórios de causas relativas à condição anterior (DeRose).

Ou seja, se antes eu estava mal e agora estou bem, então estou feliz. Se antes estava bem e agora estou mal, então estou infeliz.

A maioria de nós vive a felicidade como algo que se transforma. Se está feliz. E no fundo, no fundo, poucos de nós somos felizes de verdade.

Um amigo me disse: "A meu... mas é impossível ser feliz todo tempo!"

Será? Quem me garante! Eu não acredito!

Parece complexo, mas eu imagino, que quando se é feliz, são poucas as coisas no mundo capazes de te deixar insatisfeito, de te fazer reclamar da vida e se sentir infeliz. Imagino isso como algo bem matemático, prático e simples na sua complexidade. Felicidade acima de tudo! Utópico?

Affe Maria! Acho que viajei nesse post. Mas não vou deletar... Afinal essa é : Minha vida como ela é!

Ser ou Estar. Eis a questão.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

6 de dez!


Aqui estou na minha casinha as 3h do dia 6 de outubro, acordado e sem sono, como se quisesse viver cada minuto desse dia desde cedo. Minha gatinha e companheira deita sobre o teclado e parece sentir a felicidade que vem de mim. É meu aniversário. Parece um dia normal, mas não é. É dia de refletir sobre a vida, sobre os amigos, os amores, o trabalho, a família... Um dia pra desfrutar das palavras de carinho. Dia de agradecer à vida que tenho. Dia de ser e fazer feliz.

Hoje, aos 35 anos me sinto no melhor momento da minha vida. Tenho amigos fiéis, uma família singular, um trabalho gratificante e idealista, alunos queridos, uma casa que eu adoro, uma gata que eu amo e a sorte ter saúde e consciência para desfrutar de tudo isso.

Pronto pra mais 135...

Sempre bem! Umas vezes mais... Outras menos... Mas, nunca menos que bem!

Be happy!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Anos de vida!


Nesses dias de avião... Olhando pela janela lembrava da quantidade de gente que passou pelos meus 35 anos de vida. Talvez pela aproximação do meu aniversário me pus a relembrar de amigos antigos e outros nem tanto assim. Gente que um dia olhou nos meus olhos e disse: "pra sempre juntos sem importar nada do que possa passar!" e gente que acabara de conhecer... segundos atrás. Ao som de Stones com a música Like a Rolling Stone, com o sol a se pôr no horizonte sem fim do céu da janela do vôo 164 de Montevidéo para Porto Alegre... Lembrei desse poema do Mestre sobre a amizade...


“Há pessoas, tantas pessoas,
que, ao longo da nossa vida, passam,
como passam as paisagens pela janela de um trem.
Nada mais são, nada mais querem ser, senão paisagem.
Bonita, às vezes; passageira sempre…

Mas há outras pessoas
que viajam conosco no mesmo comboio,
que permanecem ao nosso lado por toda a jornada,
compartilhando tudo:
as alegrias e também os momentos difíceis.

A essas oferto minha amizade,
meu coração
e minha alma.”

DeRose


Faço das palavras do Mestre minhas palavras e agradeço à vida que tenho e principalmente, aos amigos que viajam comigo nessa jornada.

How does it feel? Like Rolling Stone!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Argentina? Te quiero!


Mi Buenos Aires queriiiiiida. Lá me voy hacer la manutencion de mi portunhol! Chega a hora de embarcar para Buenos Aires e rever meus amigos queridos, meu monitor adorado, caminhar por Palermo, fazer umas comprinhas, tomar Fredo de dulce de leche, um licuado de naranja por algum café ensolarado e comer... comer muito e comer bem! Pierino é o primeiro lugar! Um italiano maguinânimo apresentado pelo Ed. Depois, no libanês com dança ao vivo, se abafafar de esfiha e tirar um sarro do dançarino totalmente "asa de mosca". No meio disso, muitas fotos coloridas das praças limpas e arborizadas, táxi barato pra tudo quanto é lado e aquela hospitalidade que só meus amigos portenhos sabem fazer.

Minha ligação com a Argentina é muito forte, além de gostar de Maradona tanto quanto Pelé, admirar los Pumas (selecionado nacional de rugbi) e os tenistas de qualidade que são formados naquele país, tive o privilégio de ser monitorado pelo Maestro Edgardo Caramella e poder acompnhar passo a passo sua ascenção dentro da Nossa Cultura ao lado de sua mahashaktí que além de mandar ver numa escola classe A faz coreografia sem tremer nem a pálpebra. E claro, sem falar nos meus amigos, Brian, Martín, Dieguito Ouje, Navón, Pablito y otros más... que sempre me recebem com carinho e dedicação.

E tem mais... Morei junto com la chiquita María Eugenia por quase 3 anos, a argentinita mais linda do país e mais porreta também! Minha gata mimosa de rua recebeu o nome de Cleopátra e não Cleópatra como se fala em português. E a danada só responde se eu falar em espanhol com ela.

Adoro Charly García e suas canções maluquetes! Tango? Não danço, mas admiro quem o faz. Mas assisti ao show da Madonna no Monumental de Nuñes e foi incrível ver o fanatismo hermano para com a diva e cantar "don't cry for me argentinaaaaaa". Tenho a camiseta oficial da seleção argentina, simpatizo com o River Plate (los millionarios) e com a pegada futebolística dos cabeludos do país vizinho.

E pra fechar com chave de ouro, nossos amigos portenhos, manifestam seu amor e carinho pela pessoa querida com um "te quiero"! Meigo né? Querer alguém, engloba mil sentimentos e pra mim essas duas palavrinhas dizem muito.

Lembro com uma certa melancolia dos dias que já passei naquela cidade e como já faz bastante tempo que não regresso, esse sentimento parece aflorar mais forte dentro de mim.

Realmente minha segunda pátria é a Argentina e, diferentemente da maioria dos brasilianos, tenho muito orgulho disso.

Mas isso não impede de sacanear os caras de vez em quando né? Como na foto escolhida para homenageá-los!

Dale!?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Viajar é sempre uma aventura!


No feriadão, peguei um avião de Porto Alegre para Florianópolis que me custou R$50,00 merrecas o trecho! Uau... Voar hoje é muito barato. No entanto, meu destino não era esse, e sim a famosa praia da Guarda do Embaú! Chegando em Flop's (vamos abreviar esse nome grande e esquisito), fui de táxi do aeroporto até o terminal rodoviário (que em Floripa não tem diferença nenhuma, já que o aeroporto parece uma rodoviária e vice-versa) que me custou: R$ 35,00. Quase o valor da passagem de 500Km pelo ar! Dez minutos de carro... trinta e cinco renal! Chegando lá, me dirigi até o guichê da PauloTur, que é a única empresa que faz o trecho Flop's x Guarda. Perguntei o tempo de viagem para fazer os 44km que restavam para o meu destino final e levei um susto! Uma hora e meia? Fala sério! É quase o dobro do tempo que fiz de avião! Ok... Ok... Sem stress! Quanto custa? Déireal! Isso mesmo... R$ 10,13 para ser mais exato!

Somando tudo: 50 + 35 + 10 = R$95,00. Me achei super esperto indo de avião. Só que a passagem de buzão custava R$100,00! A diferença era que eu deveria descer na BR 101, o que, na hora, achei uma mão de obra por que quem conhece a Guarda sabe que a BR é longe da praia. Mal sabia eu que mão de obra era o que eu estava por viver...

Poderia ter ido dormindo no ônibus tranquilamente, ao invés de passar por todo esse perrengue de chegar uma hora antes do embarque, fazer check-in, embarcar, apertar o sinto, tomar suco com amendoim, levar um "tranco" de aeromoça no corredor, desembarcar, pegar táxi, esperar o bus chegar para embarcar outra vez e enfim... chegar na Guarda! Uma Romaria.

O pior foi na na volta, onde tive que ficar esperando 45 minutos dentro do ônibus PauloTur por que havia o maldito desfile de 7 de setembro na praia da Pinheira (fechando a principal, e única, avenida da cidadezinha por onde o ônibus passaria) com pobres crianças deprimidas marchando no sol da manhã de segunda (peraí.. segunda foi dia 6!) todos de roupinha branca e uma bandinha cafonérrrrrrima tocando a mesma batidinha... Um evento que parou a cidade! O motorista já descendo disse em sotaque Florianopolês: "ê... ê... vamô axixti o dixfíli!" Ipod no ouvido e olhos fechados!

Pensei que tinha acabado meu calvário, quando ao chegar no rodoporto, vi meu GOL-GOL boeing estacionando para que eu embarcasse e fizesse, enfim, meu retorno num vôo de 40 minutos até minha casinha onde minha gata me esperava miando sem parar. Eis que ao abrir a porta da aeroespaçonave, antes de chegar a escadinha (sim... em Flop's não há aqueles braços de desembarque, é tudo na excadínha) explode aquele escorregador de emergência do avião! Uauuu! Pensei: Meu Deus... é uma emergência! O avião vai explodir... primeiro vão jogar as crianças, depois as velhinhas e por fim os mais zóvens! Nada disso. AO que ocorreu foi apenas uma distração da garçonete de avião que girou a paleta para o lado errado e acionou o desembarque de emergência causando esse pequenino transtorno em nossas vidas. Isso é que dá treinar as pessoas para servir suco e não explicar como se abre a porta de um avião!

Resultado: cinco horas de espera para tentar recolocar o kit emergência e nada... Por fim, uma nova espaçonave GOL vinda de São Paulo nos leva devolta pra casa...

Saí da Guarda as 9h e cheguei em Porto às 19h.

Ó?! Suuuuuuuuper!

Mas que se importa com isso? Viajar é sempre uma aventura mesmo!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Inspiração


Cada dia mais sou tomado pela certeza de que minha mãe é uma heroína. Sim... Com 19 anos já ter três filhos nas costas, uma casa para arrumar e um marido pra cuidar! Meu Deus... Eu que não consigo dar conta de mim sozinho. Quando vejo uma louça na minha pia tenho vontade de chorar, as vezes até choro de verdade. Me apoio na pia e grito pra dentro (pros vizinhos não pensarem mal de mim). Isso piora quando tem panela... Putz, lavar panela é foda! Aquela que gruda o arroz no fundo! E baixela então, aquela que você fez a batata assada, com azeite que torrou e grudou por todos os lados. Você tem que deixar de molho com sabão e água quente, fica aquele cheiro de batata no ar! Argh!

Eu sei, posso resolver isso com uma lava-louça, mas segundo minha mãe, nada substitui a limpeza a mão. Human touch meu filho! É, talvez ela diga isso por que na época dela não tinha outra opção.

E roupa de cama? Lavar lençol... Ahhhh... Lavar até não é problema, o problema mesmo é pendurar. Ainda mais no apartamento pequeno, com área de serviço reduzida! E a gata pulando no lençol limpo pensando que é James Bond a deslizar até o chão. E meia? Pendurar meia! Uma por uma. É trabalho de paciência que nem Daniel San suportaria.

Além disso tudo, você tem que arrumar a cama, recolher os lixos. Odeeeeeeeeeio recolher lixo! Pior que recolher é ter que levar até a lixeira do prédio! Todo arrumadinho saindo pra trabalhar, bolsa a tira colo e dois sacos de lixo, seco e orgânico nas mãos.

E a roupa? Nem preciso falar né? Quando eu era pequeno tinha um amigo rico que morava na zona sul. O quarto do cara era impecável, os armários não tinham portas e as roupas eram ordenadas por cores. Lembro até hoje. Mas também o cara tinha uma empregada só pra ele. Assim é easy viver. Você acha? Nada... o cara ainda reclamava da vida! Eu tinha uma tática que eu usava... Dormia com a roupa do avesso. Assim, (na minha cabeça) quando eu acordava já tirava a roupa pronta pra guardar! Não é incrível?

E a manutenção do cafofo? Lâmpadas pra trocar, encanamento que entope. Goteiras pro vizinho ou do vizinho (não sei o que é pior). Esses dias fui trocar a lâmpada do banheiro, subi na privada e ela saiu do lugar... Inundando o banheiro todo. Sorte que eu não tinha feito nada e só o que se esparramou foi água. Outro dia também, fui lavar umas panelas meio de mau humor e quando acabei vi uma água saindo pelo armário debaixo da pia. Usei água tão quente pra lavar que derreteu a junta do cano. Resultado: todoas as panelas e baixelas e tudo mais que havia embaixo da pia sujinho, sujinho. E essas coisas acontecem justo quando você está se preparando pra sair.

Meeeeeu! Tem dias que eu levo três horas pra sair de casa... Acho que vou contratar uma Governanta! Existe um mundo melhor né? Mas ele custa caro! Governanta, máquina de lavar louça, máquina de lavar que seca... Prédio com coleta de lixo na porta... Enfim.

Agora você imagina tudo isso com três pirralhos de cabeça branca apurrinhando seu dia. Minha mãe é uma heroína mesmo!

Mesmo assim, não troco minha casinha por nada desse mundo. Meu canto, bagunçado ou não, é meu canto! Só preciso me inspirar na Super Sandra!

Glória à Deus Santa Sandrinha do pau oco! Minha mulher maravilha.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Como azedar sua vida!


Qualquer vivente com mais de quinze anos de idade já teve a oportunidade de confirmar essse fenômeno comportamental: enquanto a pessoa não galga uma posição de maior hierarquia, manifesta-se muito querida e suas boas qualidades exalam. No entanto, à medida que esse mesmo indivíduo vai conquistando um patamar mais importante, mais íntimo ou cujo rótulo deva lhe conceder determinados direitos (nem que isso seja na própria imaginação), sua atitude muda e as garras começam a aparecer discretamente por sob a almofada macia das patas felinas. A máxima que afirma "o poder corrompe" mostra-se verdadeira até no amor!

Descrevendo assim, todo mundo concorda. Mas não sei se compreende exatamente o que estou querendo dizer. se você prestar atenção, vai notar que aquela pessoa com quem relacionava-se sem nenhum rótulo ou compromisso era um doce de tão cordata. Era compreensiva, não fazia cobranças, não reclamava de nada, não enchia o recipiente escrotal. Mas quando essa pessoa (homem ou mulher) foi eleita à categoria de titular, alguns azedumes começaram a transpirar. Você passou a perceber, não sem alguma decepção, que aquele ser humano tinha lá suas mesquinhezas. E quanto mais essa criatura for se sentindo dona do pedaço, mais irá tentando impor suas exigências.

Texto extraído do livro: Alternativas de Relacionamento Afetivo do Mestre DeRose

domingo, 29 de agosto de 2010

Estrada da vida


Texto extraído do blog da Nai...

Por uma ideia do meu pai, saímos da minha casa em Caxias por uma estrada que passa por Galópolis, Nova Petrópolis, Morro Reuter e Novo Hamburgo. Um pouco mais longe, um pouco mais lenta, com muito mais curvas, menos possibilidades de ultrapassagem...mas com uma paisagem que lembra a floresta da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com os morros da Toscana, na Itália. Muito mais linda! Nesse outro caminho, paramos para comprar pinhão cozido e abacates numa banca na beira da estrada com um senhor muito simpático que posou pra foto e ainda nos disse: depois, traz a foto pra mim, mas não esquece, tá? Cortou nosso coração ao meio, pois sem dizer nada um ao outro, sabíamos que a foto não ia chegar nele. É muito mais provável que a foto percorra o espaço pela internet, chegando a pessoas de outros países, do que retorne a ele. Esses outros caminhos que nos fazem conhecer um velhinho tão distante de nós, é a vida que levamos, é a vida moderna...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

(des)apontar


Nada nesse mundo me corrói mais por dentro do que desapontar um amigo. Sensação horrorosa, dá aquele nó na garganta, você pensa em se enfiar num buraco e sumir por um período de 500 dias e ressurgir das cinzas querendo que tudo tenha passado ou que nada tivesse acontecido. Mas as coisas não se apagam. Nossas ações ficam marcadas no espaço e-ter-na-men-te.

E já que as coisas não se apagam, e sumir não mudará nada... Só resta reconhecer o erro e fazer melhor. Aceite que você é humano e que fazer merda é parte da característica humana. Reconheça, sorria (afinal de contas a gente tem que ser feliz), levante a cabeça, desculpe-se (se necessário for) e siga em frente! Mas...

"Não se explique! Seus amigos não merecem e seus inimigos não vão acreditar!" DeRose

Reconhecer e fazer melhor ainda é a melhor solução.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um dia de fúria!


Empurro a cadeira pra trás, solto um grito de Tarzan, seguro com as duas mãos e o atiro contra o piso frio, coloco toda a força para ver se ele se espatifa de uma só vez... Percebo que sua estrutura, teoricamente frágil, se mantém intacta. O desgranido suspira clemência... Em pé, postado ao lado do dito cujo, incrédulo com sua resistência, ensaio um salto duplo twist carpado ao estilo Daiene dos Santos e com os dois pés unidos enterro os calcanhares nas entranhas do patife. Ele luta bravamente, mas não resiste ao poder de destruição da minha manobra acrobática. Começa então o seu fim. Com sangue nos olhos e um sorriso diabólico pisoteio o carcará como Shiva sobre Avidya e danço a dança do maxixe corcoveando igual um jegue acalorado, saltando em coiçes desvairados até um ponto em que não reste mais nada... Nenhuma parte... Nenhum pedaço... Inspirado no golerio Bruno e seus comparsas penso em atirá-lo aos rottweilers, mas só tenho uma gata. E ela mia... e se esfrega de tão mimosa. Não seria capaz de tal proeza.
Mas também, não há necessidade... Não sobrou nada... Nada que permita o reconhecimento de que aquilo... Um dia... Foi um laptop com sistema desoperacional "Windows".

Respiro fundo, sinto um ar de leveza... Uma serenidade... Uma paz... Paz... Paz... Paz...

Bill? Eu te odeio!

Esta cena já foi mentalizada por mim centenas de milhares de vezes... Em breve, farei o vídeo do facto e o publicarei no Tube Tube!

Aguarde!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perigo...TV aberta!


Esse mundo tá perdido! Saí de uma aula particular neste exato momento, sentado no sofá da escola, Tv ligada, o chimarrão quentinho, o solzinho do inverno que entra pela janela...

Preguiça batendo, afundando no sofá, meio frio, meio quente, meio gripe, meio nariz funcionando (o que pra mim já é mais oxigênio do que qualquer mortal) meio dormindo, meio acordado... Where I am? Who am I?

Olho pra frente e vejo... numa imagem meio embaçada... a surrealidade de uma boneca loira, com um cabelo que não se move, no último tom das luzes do salão, e uma cara tão lisa, mas tão lisa que eu pensei estar vendo a bunda falante de um bebê foca! Ao seu lado, um cãozinho com cara de gremlin vestido com uma roupinha florida que, com certeza, ele não quis pôr. Como se não bastasse essa interação da boneca com o cão feioso, eis que surge um papagaio verde de bico amarelo com uma voz estridente contando uma piada sem graça! Meu Deusssssssss! Como eu faço pra sair desse transe?

Esfrego os olhos... Bato na própria cara. Mais um mate... Ronc Ronc... Ufa! Por sorte, me livro do transe e aprendo:

Nunca sentar à frente de uma TV com canal aberto quando estiver cansado! Vale sempre a regra do yôganidrá... Permaneça lúcido e acordado!

Programas matinais podem causar danos irreversíveis!

sábado, 24 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Agendando na mente


Marquei uma consulta no oculista (e aprendi que oculista virou oftalmo) há duas semanas atrás. Dia tal, hora tal, lugar tal... Tudo anotado, na minha mente, por que resisto em usar agenda. Na verdade, não sei usar e não quero usar. Esse negócio de andar com uma agendinha debaixo do braço parece coisa de missionário. Então, enquanto a velhice não me atrapalhar vou hesitar.

Mas confesso que para certas coisas minha mente se desliga. Coisas que eu não considero importantes (o que seria na agenda do meu amigo Thomaz "prioridade C"). E com o dito oftalmologista foi assim. Era só um check-upzinho... Nada demais!

Horário de saída calculado para não atrasar, lembrei que havia esquecido a carteira do plano de saúde em casa. Sorte que moro ao lado da escola e que a clínica também é perto. Fui em casa pegar a carteira, lembrei que havia esquecido o nome do médico. Liguei para uma amiga que havia me indicado o tal médico. Dr. Fábio Dornelles disse ela. Ok. Fábio Dornelles Fábio Dornelles... Fui repetindo.

No caminho lembrei que não havia recebido um orçamento que solicitei dias antes para colocação de um piso novo na escola. Não lembrava o telefone do local. Liguei para escola, pedi para o Thomaz buscar no google e me passar o telefone. Nesse meio tempo, recebo uma ligação de outro cara que ficou de passar um orçamento de azulejos e enfim... Falei com todo mundo e acabei esquecendo o nome do médico. Mas havia feito uma associação com o nome de uma rua da cidade: Pedro Chaves Barcelos (que não tem nada a ver com Fábio Dornelles).

Como estava na porta da clínica... Entrei. Olhei ao redor, só haviam crianças e suas respectivas mamães. A recepcionista me olhou estranho... Eu sorri, e disse: "Boa tarde, tenho hora com o Dr. Pedro!" Ela franziu o cenho e disse: "O senhor tem certeza! É que hoje é apenas atendimento pediátrico. Além disso, não temos nenhum Dr. Pedro."

E eu respondi com toda certeza do mundo: "Claro! Certeza absoluta. Dr. Pedro às 15h20 do dia 19 de julho."

Ela com um sorriso amarelo (quase chamando a segurança do prédio) me responde: "Ahhh senhor... É que hoje é dia 20. Aqui está seu nome... Dia 19 de julho, 15h20 com o Dr. Fábio. Foi ontem." E nem me deu a opção de remarcação. Senti uma pitada de medo vindo do outro lado do balcão.

Algumas mamães que estavam mais perto do acontecido, acolheram seus filhos como que a protegê-los daquela besta loira ameaçadora! Todas sem exceção me olhavam amedrontadas... Torcendo para que eu saísse dali o quanto antes.

Eu sorri para todas, fiz um bilu bilu numa simpática criancinha indefesa e solicitei a remarcação da minha consulta. Saí da clínica como se nada demais tivesse acontecido.

Ao chegar na rua ri muito ao telefone contando para minha amiga o acontecido. Rimos juntos... Foi divertido!

Passei por uma livraria e quase comprei uma agenda.

Mas vou tentar primeiro uma secretária.

sábado, 17 de julho de 2010

Friooooooo


Essa vida de esquimó está de matar! Meu apartamento parace um iglu... Não dá nem vontade de ir pra casa, até o ar condicionado condicionar o ar eu já empedrei de frio.

E ir no banheiro então? Meu Deus! Se for número um até que é mais fácil (se você encontrar o dito cujo). Mas é no número dois que sentimos na pele (da bunda) a frieza de ser mulher. A dica que recebi é sentar nas mãos... Funciona, mas se demorar muito gangrena os dedos.

E o banho matinal? Eu, se não tomo, não acordo. Seis da matina, sair do berço com minha gatinha esquentando os pés e o edredon nosso de cada dia, é de matar!

Pé por pé, sem tocar o calcanhar a gente tira a roupa e entra no banho quente! Ahhhhhhhh... Ufa! E agora? Sair daqui? Vai postergando, postergando, até se atrasar e ter que sair correndo. Toalha fria, chão frio, até o quarto, bota roupa fria, e bate os lábios até esquentar.. bbbbrrrrrrr.

Sai de casa caminhando sente o ar gelado rasgando seu nariz... Pior é quando seu nariz chega sempre na frente de você (que é o meu caso). Sinto que qualquer dia desses ele cai.

Então não se assuste se eu aparecer com um nariz de Michael Jackson... Vou aproveitar o frio e dar uma recauchutada.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A pensar...


Já me perguntaram quantas horas eu trabalho por dia. Não sei dizer... Acho que trabalho todo dia. Talvez umas 28 horas. Minha vida se confunde com minha profissão e vice e versa. Não há como dissociar as coisas. Mesmo dormindo, tenho insights que me auxiliam na melhoria do trabalho e da minha maneira de ser.

A "jornada de trabalho" definida por lei na nossa constituição (retrógrada), fala em 8hs diárias ou não mais que 44hs semanais.

Existe até um tal de Direitos do Homem que é de 1948 (uma época em que beijar engravidava) que orienta regular o período de trabalho pois seria algo essencial para o ser humano, seja pela ordem social, econômica ou biológica. Destaca ainda o artigo XXIV que "Todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas".

Trabalho, e trabalho bastante! Mas, existe uma relação que está mais ligada ao trabalho de um artista que pinta o seu quadro do que a de um bancário que olha no relógio de cinco em cinco minutos para verificar quanto falta para cumprir sua "jornada".

Pergunte a um artista quantas horas ele trabalha por dia! E diga a ele que seu trabalho não é trabalho! Já ouvi muito aluno (pré-conceituoso) dizendo: "Ahhh!!! Mas ficar dando aulinha todo o dia é uma barbada!" Nem comento... Sorrio!

Ontem um aluno querido me disse estar muito triste por que terá que parar de praticar! Disse-me ele que recebeu uma proposta de trabalho (muito boa) que o impede de ter um horário para praticar. Não vejo onde entra o "muito boa" nisso... Mas...
Ele é médico... Casado com uma médica... Provavelmente a nova proposta o auxiliará na ascensão social e econômica dentro da profissão. Mas... e como fica a sua vida?

Segundo a declaração de Helsink: "É missão do médico salvaguardar a saúde do povo. O conhecimento e consciência dele ou dela são devotados ao cumprimento desta missão".

E da saúde do médico? Quem cuida?

Nunca entendi essa dicotomia entre profissão e vida real. Parece que são mundos diferentes! Na época da faculdade tinha um excelente professor, médico cardiologista dos bons. Ele tinha ótima didática, era articulado, dava gosto de ouvir. No entanto acabava a aula e o cara saía para fumar um Marlboro com alguns alunos!

Não sei dissociar quando estou trabalhando ou quando estou de férias remuneradas... Essa é minha vida, exatamente como ela é.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

a volar...


Olha meu amigo... você.. é... sim... você, que está aí me vendo pelo monitor, sem nada pra fazer, nesse momento único da sua vida... vá por mim, ouça a voz divina, a voz de Deus, a voz dos seu "eu" interior. Ele está aí pra te dizer as coisas e você está aqui para ouvir. Não se faça de desentendido. Não finja que não sabe do que eu estou falando... Olhe pro lado, veja o mundo à sua volta mas escute a voz que está dentro de você... por mais rouca e ludibriante que ela seja. No fundo, no fundo é lá que habita a real natureza das coisas... E de lá reverbera a seguinte frase:

"...não leve a vida tão a sério..."

Beijo na bunda!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ser (surpreendente) humano


Hoje em dia, saber ao certo o que se passa na cabeça do outro é uma tarefa árdua e, no meu ponto de vista, impossível. Quando você pensa que conhece o ser humano ele vem e te mostra que tudo pode ser diferente, que a idéia que você tinha dele realmente se confirma como sendo apenas uma idéia mas que a essência, a natureza real, é diferente.

O que leva uma pessoa a sair de casa numa manhã de terça-feira, sacar uma grana em um banco e sumir... Escafeder... Desaparecer sem dar notícia?

Olhando assim parace uma insanidade, mas o que realmente se passa na alma do indivíduo que toma uma atitude dessas você só pode saber sendo o tal indivíduo.

Ninguém tem o direito de intervir no seu caminho... Eu sei. Mas lembre-se que você nunca está sozinho. Sempre haverá alguém para compartilhar seus anseios e dúvidas.

Não tome uma atitude drástica sem fazer uma consulta ... Converse com seu amigo, pai, irmão, colega, padre da paróquia, ou seu cão de estimação... Consulte, fale, comunique-se.

É inacreditável que hoje em dia, pessoas passem tanto tempo escrevendo e-mails, olhando redes sociais, blogs, sites, etc... E não são capazes de se comunicar com profundiade. De dizer: "Amigão! Tô perdido... Por favor, me ajude!"

Parece que evoluímos nos meios de comunicação e involuímos no conteúdo dessa informação. As relações estão cada dia mais superficiais e conhecer alguém a fundo, parece ser cada vez mais difícil.

Então... para você que perde seu rico tempo lendo meu blog e se considera meu amigo, eu digo:

Quer surtar? Surte! É seu direito... Mas me avise pra eu não surtar junto.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Amizade


Mario Quintana dizia que "amizade é um amor que nunca morre". Estive fora uns dias, em viagem com meus amigos pelo Chile. Surfei, dormi, comi, esquiei... Mas o mais incrível de toda a viagem é a camaradagem. Estar com os amigos é tudo de bom. Dormir sem ter hora para acordar, comer sem ter hora pra parar, rir do amigo sem ter medo de incomodar... Pode chover, não dar onda, nevar pouco, até a terra pode tremer... Tudo se transforma quando estamos ao lado dos amigos do peito!
Daniel DeNardi, meu querido amigo, escritor, empresário, mestre da computação e do snowboard, superhiperultra competitivo!
Rafael Kiss, ex-soldado raso, amigaço, parceria para toda hora, maior comprador de coringas da história!
Lucas DeNardi, nanico de fé, parceiro das trips de surfe e da vida no dia a dia. tuberider de plantão, poeta por excelência e xaropinho por essência!

Gracías por los días increíbles!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Chili Wily


No próximo sábado, dia 12 de junho, vou tirar uns dias pra tratar da minha doença... surfar! Pela terceira vez o destino são as águas geladas do Chile. Ao definir o destino, fui para a internet colher informações sobre como andam as estradas e principalmente as praias por lá, haja visto que boa parte da região sul foi devastada pelo terremoto de 8.8 graus e o tsunami que destrui alguns vilarejos praianos.

Tive uma agradável surpresa ao saber que boa parte do país já está em plena recuperação e que o Chile dá exemplo a seus vizinhos sulamericanos de como um país pode se reerguer através da união do seu povo e de políticos que apostam no potencial econômico da sua terra.

Dessa vez meu brother Thomaz (que está na foto) terá que ficar cuidando da escola. Me acompanham mais uma vez nessa viagem, meus amigos e instrutores, Rafael Kiss de São Paulo e os Brother's Nardi, Lucas (meu parceiro de surftrips) e Dani (meu parceiro de snowtrips). E não é que os irmãos andam numa discussão ferrenha se devemos ou não subir as montanhas e pegar o início da temporada de neve? O fato é que a trip é para surfar, mas isso não impede de conhecer novos lugares e quem sabe, descer uma ladeira de neve em Vale Nevado ou outras estações de esqui que existem por lá.

Mas eles é que são irmãos que se entendam. Por mim... Surfar no mar ou na neve, tanto faz. Ainda mais no Chile que o frio é igual na praia ou na montanha.

Go Chile!!!!!!!

Um cão em minha vida


Um dia me disseram que eu teria que dividir minha moradia com um poodle. Na hora pensei: "É ele ou eu!" O mundo seria pequeno demais para nós dois. Na época eu morava com a Nai, fizemos uma reunião e decidimos aceitar o presente de grego. Desde o início, todos falavam que ele era um poodle diferente... Era difícil de acreditar.

Antes disso, ele havia sido de uma família, ficou uns dias na casa dos novos donos e acabou sendo devolvido! Você acredita? Como pode uma pessoa levar um bichinho desses pra casa e devolvê-lo? Por sorte ele voltou para a PetShop.

Voltou, teve cinomose (uma doença féladaputa que quase o matou) mas ele sobreviveu firme como um Highlander peludo. Da vitrine da Pet para nosso apartamento foi um pulo. Já em casa foi amor a primeira vista... Ele levou quase um ano para dar o primeiro latido, na primeira semana já sabia fazer suas necessidades na rua, mas tinha um probleminha... Comia coco! Isso mesmo... comia. O mais engraçado foi o diagnóstico da veterinária... Desvio de Conduta! Pode? Eu vivia com um poodle com "desvio de conduta".

Posso estar enganado mas acho que ele foi o pioneiro das Escolas de Yôga da Rede, trabalha no Método há mais de 6 anos, fidelizando alunos e prospects com sua simpatia. Já entrou numa aula minha de Pré-Yôga e sentou-se em frente à turma... Assim mesmo como na foto. Ouviu um sonoro óóóÓÓÓÓÓóóó contínuo dos alunos e saiu bem faceiro.

Nós brincávamos de esconde-esconde. Eu já coloquei ele dentro da geladeira, no forno do fogão (desligado é óbvio), no armário... E sempre pedia para a Nai pegar alguma coisa no local onde ele estava para ela se assustar. Era engraçado, ele ficava bem quietinho... Sabia que era brincadeira... Ou não, mas nunca reclamou.

Agora ele perdeu todos os dentes, tá o legítimo "Tigre de Bangela", mas mantém seu ímpeto de nanico nervoso e rosna quando alguém se aproxima da sua ração seca e sem gosto, como se alguém quisesse comer aquele troço! Mas por um pão-de-queijo, ele é capaz de dar a pata, girar, ficar em pé, rodopiar e rolar para ganhar nem que seja uma migalha.

Chora quando ouve a palavra "passear". E vai, com qualquer um, pelas ruas do Bom Fim. Todos o conhecem, o chamam pelo nome... Mas a dona? Não... essa ninguém conhece. Só ele.

Seu nome é José Carlos mas atende pelo codinome de Zeca.

Quer conhecer a pecinha? Ramiro Barcelos 1.800... Passa lá!