quinta-feira, 21 de julho de 2011

Adolescer!


Acabei de assistir o filme "As melhores coisas do mundo". Me bateu uma nostalgia danada! Uma saudade boa dos tempos de adolescente. Dos dias de indecisão, da badalação do colégio, dos amigos que nunca mais vi... Lembranças de um tempo que não volta mais. Um misto de alegria e tristeza. Lembro perfeitamente de como eu era... Ativo, alegre, cheio de vida, com um desejo de ser grande, de ter liberdade, de fazer as coisas serem como eu imaginava.

Meu pai saiu de casa eu ainda era moleque. Dos 15 pros 16, Meu irmão mais velho foi estudar fora, meu outro irmão seguiu meu pai e eu fiquei com minha mãe. Casa grande na zona sul, piscina, quatro quartos, garagem pra muitos carros, um pátio enorme cheio de árvores e plantas com muito sol pra receber os amigos. Reunião da maloquerada era sempre lá em casa! Lá, era uma terra dos sonhos, onde se podia fazer tudo. E mesmo com toda essa liberdade, aprendi com minha mãe o valor de ser responsável por si mesmo e de saber os limites sem que ninguém precisasse me dizer.

Achava o colégio o máximo, pegava dois ônibus pra ir e mais dois pra voltar, a turma toda zoando no trajeto, muitas histórias engraçadas! Mas estudar? Eca... Achava aquilo tudo uma perda de tempo, eu queria mesmo era viver, jogar bola, andar de bike, passar as tardes no Parque Marinha na pista de skate e voltar pra casa já noite pra reunir os amigos em casa e falar besteira, ver filme de surfe, assistir futebol na TV e rir dos fatos do dia.

Na época, nascia o tal Supletivo, onde se fazia todo o segundo grau em 6 meses. Mas só podia cursar com 18 anos. E eu tinha 15 pra 16. Pois, numa daquelas tardes de sol no jardim da minha casa, em umas das mil e duzentas conversas com minha mãe (que sempre foi minha melhor amiga e confidente) falei: "Mãe... Não aguento mais ter que ir pra escola pra estudar aquela bobagem toda! Tô afim de parar! Que tu acha?"Ela disse: "E vai fazer o que?" Desde então já percebi que minha mãe era a amiga perfeita, não me negava nada, mas fazia eu pensar! Expliquei pra ela do tal Supletivo e que eu tinha muita vontade de fazer coisas legais sem ter o compromisso de prova, hora, aula, matéria, trabalho... Ok! Disse ela. "Vamos procurar esse negócio aí e se for sério... cancelamos teu colégio"! Uauu!! Imagina a alegria do pirralho! Dormir a qualquer hora, acordar quando quiser, se chovia ficava em casa com minha mãe, conversando sobre as coisas da vida, e se dava sol... Rua! Ver a vida e o mundo real! Aos 16 anos já viajava pra Atlântida Sul sozinho pra surfar e curtir, noitada com os amigos mais velhos do meu irmão, tardes de sol na piscina, passeios de bike pela zona sul...

Foram 3 anos inesquecíveis. Pude ser quem eu quis ser e fazer o que me dava na telha. Tempo saudoso... Dias incríveis. Experiência de vida que marcou minha existência.

E agora, vendo o filme... Revivi tudo aquilo. Meus primeiros amores, os amigos, as desilusões e tristezas, os erros e acertos de uma adolescência i-nes-que-cí-vel!

Dona Sandra sempre soube das coisas...

Gracías Mami!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ataque ninja!


Inventei de correr, meu personal disse que é bom, que corrida ajuda a aumentar a resistência e, confesso que estou meio velhote. Ele até me ensinou a correr, imagina? Eu pensava que sabia mas existe técnica também pra isso... Não é simplesmente sair correndo e pronto!

Enfim... Lá fui. Num sábado a noite coloquei minha calça e meu tênis de corrida e fui Nilo Peçanha a cima em direção ao Iguatemi. Caminho que sempre fiz, caminhando, agora na nova fase corredor. Ia bem, aprimorando minha técnica, mantendo o ritmo, mas algo me incomodava. O ruído dos carros de sábado! Decidi seguir outro caminho mais ermo, fui subindo na direção de uma praça e vi um carro sendo perseguido por um cão.

Ora bolas, um cão atrás de um carro não é novidade, concentrado na corrida segui em frente. O bichano me avistou e esqueceu o carro vindo na minha direção numas de Pit-lata mal criado, latindo alto e mostrando os dentes... Mas, à distância! Segui meu ritmo fingindo que nada acontecia, e o diabo latia, e eu seguia... Tum ti Tum ti Tum, passos curtos respiração contínua... Humpf, Humpf, Humpf...

Eis que um companheiro fedido se junta ao predador e acompanha a latição. Nessa hora eu já olhei de lado, ainda tentando ignorar as "feras". Nunca fui atacado por um cão pensei comigo, não seria justo agora, no início da minha carreira de corredor veterano da segunda idade que isso iria acontecer. Reduzi o passo pra tentar sorrir pros bichanos e demonstrar todo o meu afeto canino. Nada... E pior!

Ao olhar pra praça por onde passava, avistei mais três diabinhos descendo a calçada de grama, zunindo e babando na minha direção, era a deixa que eu precisava pra fincar o pé e acelerar o passo! Mas sabe como é, cachorro tem quatro patas, eu duas e ainda por cima meia boca, não conseguiria sair dali nem a pau! Me virei, olhei pros 5 endiabrados latindo pra mim e enfrentei-os. I'll kick your ass motherfucker! Um eu até chutei mas o outro me abocanhou no joelho! Senti que minha atitude karatéka seria inútil. Gritei, corri, saltei, pulei e me joguei pra dentro de uma churrascaria onde um funcionário atônito filmava meu desespero com a calça rasgada e o joelho mordido!

Posto de saúde, anti-tetânica em um braço anti-rábica em outro e mais 5 doses pra fazer valer!

Mas eu não desistirei tão facilmente! Tive algumas ideias:

Posso entrar no polishop e comprar uma esteira! Tenho certeza que minha gata não vai me atacar!

Posso me inscrever num grupo de corridas. Aí cinco cães poderiam distribuir melhor seus ataques!

Posso correr armado e pipocar tudo que latir perto de mim!

Ainda não decidi...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amigos para sempre? Seráááá?


São poucas as pessoas que sabem o valor que existe em ter uma amizade sólida. Amizade mesmo, do tipo que você sabe que aconteça o que acontecer, seja o que for, passe o que passe, tem-se a certeza que seu amigo vai estar ali do seu lado. Amizade daquelas que você olha pra trás e diz... "Puta que o pariu, nós já passamos por poucas e boas juntos hein?"

Você com certeza já pisou na bola com ele, ela também já pisou na bola com você, mas vocês seguem juntos. Até mesmo por que, você já tem maturidade suficiente pra entender que quem vai errar com você são os amigos de verdade! São aqueles que estão ao seu lado no dia à dia. A probabilidade de um conhecido falhar com você é mínima e com certeza, você nem dará importância ao fato... Ele é só um conhecido mesmo! Que diferença faz?

Quem sabe o valor que tem uma amizade verdadeira, não quer jogar tudo à perder. Sabe que não existe motivo pra desfazer algo que leva muito tempo para se formatar. Nos dias facebookianos de hoje, ter amigos é uma piada. Você se torna amigo de quem quer seja, conhece, tem contato, troca uma ideia pelo chat, se encontra em algum evento social... É legal também, mas orbita num outro nível de vínculo. Segue o dito: "Tem os amigos.. e os conhecidos."

Já chorei e já sofri, pensando ter perdido pessoas que eu considerava importantes pra mim, mas os anos de vida me mostraram que essas pessoas na verdade, nunca foram minhas amigas... Talvez, num momento da nossa existência, tivemos algo em comum que nos manteve conectados. Mas amigos? Não...

Várias pessoas que um dia olharam nos meus olhos e disseram: "Pra sempre juntos!" Conversa fiada! Típica de quem diz que ama pelo Facebook. De quem se vê uma vez por mês num encontro formal, com data e hora marcada e sorri amarelo quando se encontra gritando... Amiiiiiiiiiiiiiiiiga! De quem se encontra num restaurante e diz... Temos que marcar algo! Amigo não marca, amigo convive. Seja de longe ou de perto. E pra conviver com amizade é preciso maturidade.

Minha vida é assim, rodeada de gente conhecida, cercada de amigos de verdade!

E você? É meu amigo ou meu conhecido?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Beba sem moderação!


Lá vem o carnaval... hora de contar quantas pessoas vão morrer no trânsito, quantos amores serão desfeitos, quantos fígados estraçalhados e quanto os bicheiros do Rio vão faturar! Em Salvador? Quanto de urina vai correr pelas ruas e quantas bocas o mulherengo de Minas Gerais vai beijar por noite... Sem falar do hit que irá surgir... provavelmente monossilábico e com um ritmozinho hipnotizante protagonizado por uma bandinha bem meia boca com uma bunduda do lado esquerdo e uma peituda do outro. Ê Brasilzão! Samba raiz? Já era Noel.

Eu já bebi... E muito, quando era moleque. Pelo mesmo motivo que todos os moleques bebem. Ficar soltinho pra azarar ou curtir alguma coisa. Ninguém vai me dizer que gosta de Tequila, Vodka, Whisky, Undenberg... pelo gosto que tem. E se fosse... Não encheria o pandulho de sorvete até vomitar só por que ele tem gosto bom. Parei de beber muito antes de fazer Yôga, meu descaso com esse tipo de isotônico comportamental não vem da minha filosofia de vida, vem de um dia que meu fígado quase saiu pelo rabo e me fez encontrar a dita cuja com a foice na mão me chamando pros planos magnânimos!

99% das pessoas usam o álcool como escape pra ser quem não conseguem ser in natura! Paciência, o que fazer? O pai acha engraçadinho molhar o bico do filhinho de 4 aninhos na cerveja quando está rodeado de amigos. Não existe reunião de família sem um tipo de álcool por perto. As casas tem bar! O brinde é feito com a droga! Cultural né? Vai ser assim pra sempre.

No domingo, sempre vai ter um bando de tios e tias enchendo o rabo de cerveja e falando alto sem saber quem está falando com quem naquela confusão! E sempr algum vai se alterar e gerar um climinha de indisposição. E depois, todos dirão pelas costas... "Ah! O Fulano não pode beber." E na festinha o namoradinho vai se tornar o Vitor Belford quando um cara qualquer trombar com a "sua" mulher no salão. Enquanto do outro lado da festa uma ceninha de ciúme típica de casalzinho bêbado se desenrola normalmente com as amiguinhas igualmente alteradas dando força pra coleguinha socar o safado e beijar o seu melhor amigo.

Com certeza tem gente que sabe saborear um vinho, champagne, cerveja ou outro destilado que for... Mas esse é minoria. É gente educada que sabe que se beber demais perde as estribeiras por que aquilo ali é alucinógeno. E tem bom senso suficiente para entender o aviso hipócrita: beba com moderação!

Uns matam, outros se matam e o álcool segue como droga lícita mais disponível no mercadinho da esquina.

Não faço apologia contra o consumo e nem deixo de ser amigo de quem bebe. Cada um sabe o que é bom pra si e pronto! Eu só chamo a atenção para que as pessoas saibam a razão de estar tomando aquele líquido! Qual a finalidade de se alterar e nem lembrar do que fez no dia anterior. E não adianta dizer que sabe... Acompanhe o desenrolar de uma festa de casamento ou formatura sóbrio. Surpreendente!

Por que as pessoas não se encontram para celebrar a amizade, a alegria de se estar junto, de curtir uma boa música, numa ótima companhia... Não, elas se encontram num bar, pra encher a cara e dizer coisas que não diriam se estivessem em sã consciência.

Coisa mais careta. Seja você mesmo! Se for pra alterar a consciência... Que seja pra mais!

Sorte de quem nunca bebeu. Minhas considerações a esses extra-terrestres.

Tin tin!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Em 1984 o "nerdboy" Steve Jobs lançava a birósca do Macintosh! 27 anos depois a gente se delicia com essa vida cibernética. Iphone, Ipod, Ipad... Ai tudo!

MSN, Facebook, Blog, site, google, Twitter, tudo isso online 24h/dia. Que vida aborrecida levavam meu avós né? Tinham que mandar uma cartinha escrita à mão e torcer pra ela chegar no destino intacta! Eca! A vá... não me vem com essa nostalgia de que era mais pessoal e tal!

Outro dia fui fazer minha revalidação para Instrutor e quase fiquei com tendinite no ombro de tanto escrever. Deveriam pensar em prova online. Teclado é o canal! Esse negócio de esferográfica que borra tudo, que sai uma letra horrível, que faz a gente escrever em ladeira quando não se tem linha! Anos de caligrafia pra nada! Ô tempo perdido... Podia ter feito um cursinho de uôrdi!

Tudo bem que essa coisa de informação à jato vai gerar uma série de distúrbios na nossa geração né? Coluna em "S"do Senna, visão nada além do alcance do Thundercat Lion... Isso falando só da desgraça física gerada por horas na frente do computador. Se eu for citar toda a bagunça sociopática... Meu Deus... Esse post vai pra um milhão de caracteres.

Mas que se dane... A vida moderna é um barato! Cada um que se cure depois...

Congratulaciones Steve.

Felicitaciones Macintosha!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pêlos... pelos ouvidos!


Eu era pequenito... Cabeçudo ainda, e já via meu pai catando sujeira no chão da nossa casa. Mesmo cabeçudo, eu já tinha um pouco de discernimento pra julgar aquela atitude como um tanto quanto paranóica.

Anos mais tarde, a cabeça já no tamanho normal, me vejo de quatro pelo chão do apartamento catando pêlo da minha gata. Ninguém me disse que gato perdia pêlo 12 vezes por ano!

Esses dias, quentes de verão Portalegrense, saí pelado e molhado do banho... Pra arejar sabe? Deixar vento bater na alma! Pois então, sentei no sofá e meio que dei uma roncadinha de leve. Quando me levantei estava um misto de Tony Ramos e Chewbacca! Pêlo grudado por todo o corpo!

E quando cheguei de viagem que dava pra fazer um gato novo só com os pêlos que catei no olho! Imagina depois que vassourei o ambiente. Roupa preta? Nem pensar... Vai fazer um mimo na gata pra você ver... Sai com a mão mais peluda que adolescente!

Lembrei do gato do Dr. Evil do Austin Power? Aquele sim, um gato pelado! Maravilha né?

É feio que é um raio, mas evita essa situação toda.

Vou depilar a Cléo! Será que se depila gato?

Se não der... O próximo vai ser pelado.

Isso...


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ações desajustadas!


Tem coisas que a gente faz meio que sem saber por que faz, mas faz né! Já faz quase um ano que minha ex se foi, mas deixou umas coisas na nossa casa. E no meio da bagunça encontrei um pó chamado: Doura pelos! Ahhh vou guardar esse troço aqui... Um dia vai servir pra alguma coisa.

Na última viagem, inventei de passar a birósca no cabelo. Tava lá de bobeira, falta do que fazer sabe? Bom... Num primeiro momento, eu pensei que estava tudo acabado, que minha vida perderia o sentido, mas, passado o desespero inicial fui racionalizando e pensei: É só raspar a cabeça! Claro que não julguei o fato de me tornar o homem-nariz, já que naquele momento eu era a personificação do Tiririca! Mas enfim... era uma saída! Cabeça laranja-cajú, eu em Noronha! Menos mal né... Por que é praia... Sei lá! Na real queria me convencer de que tava tudo normal! Mas quando eu me olhava no espelho percebia a realidade nua e crua. Mas nem precisava me olhar por que o Lucas fazia questão de me lembrar de cinco em cinco minutos, que minha cabeça brilhava mais que sinalizador de torcida da Holanda.

Que se f. aíííí! Fui no único cabeleireiro de Noronha que encontrei aberto! Chego lá e digo: Raspa! E a bixa... "Não raspo essa cabeça nem que tu me pague o dooooobro galego!" Eu pergunto: Quanto é? Déis real... Responde ela! Então eu pago 5x! Ela disse: Descoloriu né? Vai ficar lindo galego, dois dias de sol e vai ficar da cor da tua sobrancelha!

Pô! Eu tava diante de um especialista né? Tive que confiar... "Vamo dá uma baixadinha..." Disse ela (ou ele).

Sentei, orei, pedi a Deus, e lá vem a tesoura da bixa! Sem fio! Não cortava! Ai ai ai... Pensei: Que merda é essa!

Como meu santo é forte, e a bixa era realmente uma especialista... em cabelo ruim. Deu um jeito que ficou menos ruim. Passou de trágico a engraçado! Pronto... Já podia enfim me reconhecer no espelho.

Todo mundo me perguntava que foi que tinha acontecido com meu cabelo! E eu dizia... Nada! É sol. Ahhhhh... Respondiam desconfiados!

Só minha mãe quando me viu disse: Que lindo filho!

Mãe é mãe né? Ô maravilha...

Até que enfim minha autoestima voltou ao normal!

Mas os meus cabelossssssss...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As mulheres da minha vida


Hoje é a primeira segunda-feira do primeiro ano da segunda década do segundo milênio! E cá estou rodeado de meninas... Por sorte! Sempre sonhei quando era Alemzãozinho do Hermann ter amigas, na infância, as meninas não faziam muito parte da minha vida. Hoje, tenho amigas que são do coração... Meninas queridas que fizeram e fazem parte da minha vida de uma maneira muito legal. Aqui estou com a Pati (Damé), minha nutricionista, Aninha (Bom-bom), minha colega amada de trabalho há anos, Marcinha (Villarinho), minha paixão do coração e amiga de sangue, Nai (Alberti), meu amor eterno! Vejo elas felizes como nunca, juntas, brincando como crianças, rindo à toa e colecionando memórias de um ano novo lindo que passaram juntas. Comemos uma "pasta ao sugo" feita pela Nai, enquanto escuto King of Convenience no meu computador, elas se amontoam para separar fotos da viagem, comentando uma à uma como se pudessem viver outra vez aqueles momentos incríveis que passaram juntas, entre gritos e sorrisos... Eu, no sofá escrevo essas palavras, pra deixar marcado na história da minha vida o privilégio que tenho de tê-las como amigas ao meu lado para todo e sempre!

Cara de sorte esse... Posso estar num encontro de meninas e me sentir feliz por elas!

My life! É assim...

Começando o ano como eu gosto... Ao lado de pessoas que eu amo!

Feliz 2011 para as mulheres da minha vida... Essas que citei e todas as outras que aqui não estão!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Origens paternas!

Meu pai (Seu Kazimierz, nascido na Alemanha, mas brasileiro de carteirinha) é um cara batuta, trabalhador do cacete! Começou do zero, veio no colo da minha vovózinha (Dona Nina, Ucrâniana do inetrior) desde a Alemanha do pós-guerra, quase morreu no navio que os trouxe da miséria da segunda guerra até o Brasil. Minha avó chorava todos os dias da viagem, achava que meu avô (Seu Marian, Polako ferrenho e turrão) teria feito a escolha errada em vir para o Brasil. Queria ela ir para a América! Achava que aqui só havia macacos, mato e frutas (como ela mesmo diz).

Ela nunca havia visto um negro na vida, já tinha mais de vinte anos e durante a viagem saía para o convés do navio para tomar um ar e encontrava umas pessoas de cor... Pensava ela: "pobres homens esses, sujos de carvão das caldeiras do navio!" Só mais tarde percebeu que eles tinham a pele escura por natureza!

Nesse contexto, o trio desembarcou no Rio de Janeiro para tentar ser alguém na vida, sem lenço e sem documento... literalmente. Para ajudar, o caminhão do exército que levava meu pai e minha avó do Porto até a Estação de trem sofreu um acidente, (os homens haviam sido separados das mulheres) minha vózinha no ímpeto de proteger a prole voou na parte de trás do caminhão com meu pai no colo e abriu uma "brecha" na cabeça. Hospital e dor, sem falar uma palavra de português e com receio de estar num lugar estranho. Nessas horas meu avô chegara na estação sem saber de nada.

Por sorte, um médico falava alemão e ela pode explicar que estava a caminho da estação para encontrar-se com o velho Marian para seguir sua viagem rumo ao desconhecido.

Três semanas de trem até o destino... Porto Alegre! Alojados num barracão nos altos da Beira-Rio... ali onde hoje existe aquele condomínio horizontal em frente ao estádio do Inter, começariam sua vida por conta própria. O governo fornecia um pouco de comida e roupa... e tentava encaminhar alguns para o trabalho.

Meu avô começou numa fábrica, minha avó costurava e lavava "para fora" e recebia auxílio das freiras de uma Congregação que ajudavam os refugiados do pós-guerra! Dona Nina sempre foi hiper católica e creio que aquilo fez sua fé no Divino tornar-se algo pra vida toda.

Com o tempo, compraram um terreno na zona sul, que naquela época era um mato só. Do terreno, veio a casinha de madeira onde enfim foram morar... Sem portas, nem janelas, nem móveis, nem nada! Lembro da minha avó falando da casa com lágrimas nos olhos, descrevendo a alegria de ter seu lar... Mesmo que fosse um lar inacabado. Naquele momento eles poderiam dormir debaixo do seu próprio teto e seguir sua vida. Continuaram em seus trabalhos árduos, contando o dinheirinho para comprar um fogão, uma geladeira, uma cama e assim por diante. Minha avó plantava na horta criada nos fundos da casa (já que trabalhara muito na roça durante sua infância e seguia este serviço para os alemães durante a guerra como prisioneira, de sol a sol).

Isso é só uma pequena parte de uma vida inteira. Quem conhece minha vózinha nem acredita que ela passou por uma guerra, que ficou no cárcere, que perdeu amores, amigos e familiares. Que foi arrancada do seu lar para servir ao terceiro Reich. Que trabalhou como prisioneira sem perspectiva nenhuma. Apenas na ânsia de chegar ao fim... viva!

Hoje, meu avô já partiu para os planos invisíveis, ele sempre foi meio quietão, não tive muito contato com ele, gostaria muito que ele estivesse vivo até hoje para conversar e sentir sua história como faço com minha avó. Até hoje, quando entro na casa o vejo sentado na cozinha, com o radinho de pilhas no máximo do volume. Gremista fanático, gostava de jogar um carteado com os vizinhos, fumava pelos cotovelos e cruzava as longas pernas para apoiar os braços na coxa arqueando o tronco pra frente para se aproximar do aparelho.

Dona Nina vive na mesma casinha... cuida dela com o mesmo carinho. Vai a missa todo o domingo... Mora sozinha, cuida das suas plantinhas, chora toda vez que vê os netos e particularmente comigo, relembra sempre seus dias de guerra, de sofrimento, de tristeza e ao mesmo tempo de alegria de simplesmente ter uma vida e uma história pra contar. Já que dentro dela... tem a plena consciência de que muitos de seus amigos não tiveram a mesma sorte!

Sempre que eu penso que minha vida é difícil, que as coisas não estão bem, lembro da minha avó sentada na cozinha de sua casa, com avental sujo de farinha, suada do calor das panelinhas de metal tão antigas quanto a marca dos anos em seu rosto doce e angelical... cozinhando pra nós e sorrindo... feliz... sempre feliz... ela é pra mim, a imagem da felicidade plena e pura!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Enough Paul!


E já ia me esquecendo... Nesse meio tempo tomei um fartão de Paul. Eu sei, o pobre Sir Paul, ex-beatle, não tem culpa. A culpa é da mídia, que consegue entupir os olhos, antolhos e ouvidos do cidadão com notícia repetida e previsiva. E por mais que você queira fugir, é difícil escapar da lavagem. É capa de Zero Hora, anúncio no jornal, na TV, RBSCop sobrevoando o Beira Rio para mostrar as filas de fãs pobres coitados tendo que morar numa barraca pra conseguir um ingresso. Entrevista com o ex-porteiro de Paul, Fernanda Zaffari indo até Londres para mostrar a casa do dito cujo, gente dormindo 12 dias na fila, gritos histéricos de fãs pelancudos realizando seu sonho... Cristina Ranzolin fingindo gostar muito de Beatles para fazer valer o investimento que a RBS fez em trazer esse grande evento para nossa cidade. Ok! Ponto positivo... Nunca acontece nada de grandioso pras bandas de cá. Foi legal! Mas meu... O Jéca Camargo indo a Buenos Aires para bancar o amigão do Popstar é demais né?

Eu sei... o Paul é o Paul. Sua música influenciou muitos e mudou o mundo.

Mas deu né? Já veio e já foi. Tá, Cristina? Ok, Jéca?

Enough!

Tudo igual... Normal


Fiquei fora por um tempo... Sem muita coisa acontecendo na minha vida... Logo, não consigo transpor nada para o blog. Fazer o que? Mas fui achincalhado, estrebuchado, xingado e maltratado pelos amigos... Aí resolvi voltar antes que meus companheiros fossem as vias de fato com minha pessoa.

Desde o último post, poucas coisas aconteceram. Meu Mac já não está mais tão branquinho. Meus cabelos cresceram como nunca... Minhas unhas também! Mas tratei de roer e manter o padrão. Minha coluna voltou a gritar. Sigo fazendo exercícios não regulares na piscina do clube. Uma espécie de natação sem esforço. Tomei sol e regulei minha alimentação com a Nutricionista do meu coração Patríca Damé. No âmbito residencial, coloquei as redes de proteção e devolvi a liberdade de banho solar para minha gatinha. Minha super mãe me visita uma vez por semana para cuidar da minha casinha com aquele carinho especial... Com isso, posso deixar tudo na baderna até ela chegar. Sim! Ela gosta de arrumar. Gosta não... Ama! E quanto mais bagunçado, mais feliz ela fica. Mãezona né? Na esfera profissional as coisas vão super bem... na melhor fase da vida. escola andando sozinha... e Pasmem! Faz dois meses que não faço uma reunião de equipe! Uhúúúú! Isso é incrível. Nada de diretorias, nada de reuniões, nada de nada! Só alegria... Basta! O resultado é que a escola cresce a cada dia. Com uma turma muito legal que valoriza muito o nosso trabalho.

Fui a shows, festas, viajei, comi, bebi e dormi... como sempre. A vida segue no rumo que deve seguir... sempre em frente! Nessa altura do campeonato já estou mais pra lá do que pra cá... desligando pouco a pouco de tudo e contando os dias para as férias de verão! Festas de fim de ano... e minha viagem para Noronha com meus brothers Lucas e Brust!

É isso... viu? Nada de interessante... nada de nada!

A vida segue assim... exatamente como ela é.

E eu sigo normal!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Novo amor


"...Demorei muito pra te encontrar... agora eu quero só vocêêê... Teu jeito todo especial de seeeer, eu fico louco com vocêêê..."
Fábio Jr.
Já ouvi história terríveis sobre o dito cujo. Dizem que é difícil, que os arquivos não são compatíveis com os da maioria, que é complicado de mexer... Bobagem! É uma maravilha! Meu irmão e meu pai são representantes dos computadores da Positivo, vendem para os Estados de SC, PR e RS. Ainda bem que parente não lê blog da família! Windows é uma verdadeira m.

Meu Mac branquinho de alma angelical conquistou meu coração!

Sandro está em um relacionamento sério com seu Mac.

Mac love!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Feliz... Ser ou estar?


Sempre tive uma invejinha branca da vida que caras como Kelly Slater levam. Eu comecei a surfar com 11 anos, lá se vão 24 anos de esporte. Morando em Porto Alegre, sempre foi difícil aceitar o fato de se estar longe do mar.

Levei alguns anos para superar isso, no início ficava mal humorado se tinha que ficar na cidade no final de semana. Nos tempos de faculdade, tive um ano que cheguei a ir TODOS os finais de semana para a praia... Sem faltar nenhum!

Já tive vários amigos que largaram tudo e se enfiaram numa cidade com praia para poder saciar a vontade de surfar e estar perto do mar.

Mas depois de ler o livro For the love, que é uma semi-autobiografia do epta campeão mundial de surfe Kelly Slater, vi que não existe felicidade suprema. Na real, estamos todos limitados aos nossos desejos e esses desejos são intermináveis. Eu até arriscaria dizer que o ser humano é um ser insatisfeito por natureza.

Imagina só que loucura para eu entender isso... O cara é (bem) pago para surfar as melhores ondas do mundo, estar nas melhores praias do planeta, reverenciado por toda a comunidade do esporte no globo terrestre, com um talento único, ídolo de gerações, fatura milhões por ano em publicidade e premiações... E diz que se sente infeliz por não ter aquilo que todos nós mortais temos. Uma casa e uma família.

Ou seja... Eu e o resto do mundo queremos ter a vida do Kelly e o Kelly querendo ter a minha vida!

Pensei no quanto nós podemos ser insatisfeitos com o que temos e, talvez, nunca suprir essa insatisfação. Sim... por que novos desejos virão e esse cilco talvez nunca terminará.

Não sou muito de reclamar da vida. Até mesmo no post anterior relatei que me encontro na melhor fase, que me considero um cara feliz por ser quem eu sou e por estar onde estou. Já pensei mil vezes em ser o Kelly e levar a vida de um lado pro outro, conhecendo lugares , pessoas e países. Já cheguei a pensar que somente aí encontraria a felicidade.

Mas na real, com a maturidade, descobri que a felicidade está dentro de nós. Não importa onde estamos nem para onde vamos.

Uma vez o Mestre disse: A felicidade ou infelicidade são efeitos ilusórios de causas relativas à condição anterior (DeRose).

Ou seja, se antes eu estava mal e agora estou bem, então estou feliz. Se antes estava bem e agora estou mal, então estou infeliz.

A maioria de nós vive a felicidade como algo que se transforma. Se está feliz. E no fundo, no fundo, poucos de nós somos felizes de verdade.

Um amigo me disse: "A meu... mas é impossível ser feliz todo tempo!"

Será? Quem me garante! Eu não acredito!

Parece complexo, mas eu imagino, que quando se é feliz, são poucas as coisas no mundo capazes de te deixar insatisfeito, de te fazer reclamar da vida e se sentir infeliz. Imagino isso como algo bem matemático, prático e simples na sua complexidade. Felicidade acima de tudo! Utópico?

Affe Maria! Acho que viajei nesse post. Mas não vou deletar... Afinal essa é : Minha vida como ela é!

Ser ou Estar. Eis a questão.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

6 de dez!


Aqui estou na minha casinha as 3h do dia 6 de outubro, acordado e sem sono, como se quisesse viver cada minuto desse dia desde cedo. Minha gatinha e companheira deita sobre o teclado e parece sentir a felicidade que vem de mim. É meu aniversário. Parece um dia normal, mas não é. É dia de refletir sobre a vida, sobre os amigos, os amores, o trabalho, a família... Um dia pra desfrutar das palavras de carinho. Dia de agradecer à vida que tenho. Dia de ser e fazer feliz.

Hoje, aos 35 anos me sinto no melhor momento da minha vida. Tenho amigos fiéis, uma família singular, um trabalho gratificante e idealista, alunos queridos, uma casa que eu adoro, uma gata que eu amo e a sorte ter saúde e consciência para desfrutar de tudo isso.

Pronto pra mais 135...

Sempre bem! Umas vezes mais... Outras menos... Mas, nunca menos que bem!

Be happy!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Anos de vida!


Nesses dias de avião... Olhando pela janela lembrava da quantidade de gente que passou pelos meus 35 anos de vida. Talvez pela aproximação do meu aniversário me pus a relembrar de amigos antigos e outros nem tanto assim. Gente que um dia olhou nos meus olhos e disse: "pra sempre juntos sem importar nada do que possa passar!" e gente que acabara de conhecer... segundos atrás. Ao som de Stones com a música Like a Rolling Stone, com o sol a se pôr no horizonte sem fim do céu da janela do vôo 164 de Montevidéo para Porto Alegre... Lembrei desse poema do Mestre sobre a amizade...


“Há pessoas, tantas pessoas,
que, ao longo da nossa vida, passam,
como passam as paisagens pela janela de um trem.
Nada mais são, nada mais querem ser, senão paisagem.
Bonita, às vezes; passageira sempre…

Mas há outras pessoas
que viajam conosco no mesmo comboio,
que permanecem ao nosso lado por toda a jornada,
compartilhando tudo:
as alegrias e também os momentos difíceis.

A essas oferto minha amizade,
meu coração
e minha alma.”

DeRose


Faço das palavras do Mestre minhas palavras e agradeço à vida que tenho e principalmente, aos amigos que viajam comigo nessa jornada.

How does it feel? Like Rolling Stone!