quinta-feira, 21 de julho de 2011

Adolescer!


Acabei de assistir o filme "As melhores coisas do mundo". Me bateu uma nostalgia danada! Uma saudade boa dos tempos de adolescente. Dos dias de indecisão, da badalação do colégio, dos amigos que nunca mais vi... Lembranças de um tempo que não volta mais. Um misto de alegria e tristeza. Lembro perfeitamente de como eu era... Ativo, alegre, cheio de vida, com um desejo de ser grande, de ter liberdade, de fazer as coisas serem como eu imaginava.

Meu pai saiu de casa eu ainda era moleque. Dos 15 pros 16, Meu irmão mais velho foi estudar fora, meu outro irmão seguiu meu pai e eu fiquei com minha mãe. Casa grande na zona sul, piscina, quatro quartos, garagem pra muitos carros, um pátio enorme cheio de árvores e plantas com muito sol pra receber os amigos. Reunião da maloquerada era sempre lá em casa! Lá, era uma terra dos sonhos, onde se podia fazer tudo. E mesmo com toda essa liberdade, aprendi com minha mãe o valor de ser responsável por si mesmo e de saber os limites sem que ninguém precisasse me dizer.

Achava o colégio o máximo, pegava dois ônibus pra ir e mais dois pra voltar, a turma toda zoando no trajeto, muitas histórias engraçadas! Mas estudar? Eca... Achava aquilo tudo uma perda de tempo, eu queria mesmo era viver, jogar bola, andar de bike, passar as tardes no Parque Marinha na pista de skate e voltar pra casa já noite pra reunir os amigos em casa e falar besteira, ver filme de surfe, assistir futebol na TV e rir dos fatos do dia.

Na época, nascia o tal Supletivo, onde se fazia todo o segundo grau em 6 meses. Mas só podia cursar com 18 anos. E eu tinha 15 pra 16. Pois, numa daquelas tardes de sol no jardim da minha casa, em umas das mil e duzentas conversas com minha mãe (que sempre foi minha melhor amiga e confidente) falei: "Mãe... Não aguento mais ter que ir pra escola pra estudar aquela bobagem toda! Tô afim de parar! Que tu acha?"Ela disse: "E vai fazer o que?" Desde então já percebi que minha mãe era a amiga perfeita, não me negava nada, mas fazia eu pensar! Expliquei pra ela do tal Supletivo e que eu tinha muita vontade de fazer coisas legais sem ter o compromisso de prova, hora, aula, matéria, trabalho... Ok! Disse ela. "Vamos procurar esse negócio aí e se for sério... cancelamos teu colégio"! Uauu!! Imagina a alegria do pirralho! Dormir a qualquer hora, acordar quando quiser, se chovia ficava em casa com minha mãe, conversando sobre as coisas da vida, e se dava sol... Rua! Ver a vida e o mundo real! Aos 16 anos já viajava pra Atlântida Sul sozinho pra surfar e curtir, noitada com os amigos mais velhos do meu irmão, tardes de sol na piscina, passeios de bike pela zona sul...

Foram 3 anos inesquecíveis. Pude ser quem eu quis ser e fazer o que me dava na telha. Tempo saudoso... Dias incríveis. Experiência de vida que marcou minha existência.

E agora, vendo o filme... Revivi tudo aquilo. Meus primeiros amores, os amigos, as desilusões e tristezas, os erros e acertos de uma adolescência i-nes-que-cí-vel!

Dona Sandra sempre soube das coisas...

Gracías Mami!

3 comentários:

  1. Fala San!
    Fazia um tempinho que eu não aparecia por aqui. Foi bom para dar umas risadas com o texto do Ataque ninja e para refletir um pouco com este texto aqui.
    Quando leio teus textos, tenho a impressão de te ver e ouvir contando a historia, hehehe.
    Saudades de você
    Abração!

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  2. Olá!
    Só para dizer que adorei o texto aqui...
    fantástico.
    Parabéns!

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  3. Oh viado, nunca me falou que estava correndo! HAahaha, aliás, muito engraçada a história, mas pare de achar que tudo pela frente é bola.

    Outra coisa, não sabia do seu histórico saco cheio de escola. Fiz a mesma coisa, mas no último ano e meio. Fisiotreparia e depois Method... Óh

    Aguardo mais literatura nesse canal. Valeu

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