terça-feira, 8 de junho de 2010

Um cão em minha vida


Um dia me disseram que eu teria que dividir minha moradia com um poodle. Na hora pensei: "É ele ou eu!" O mundo seria pequeno demais para nós dois. Na época eu morava com a Nai, fizemos uma reunião e decidimos aceitar o presente de grego. Desde o início, todos falavam que ele era um poodle diferente... Era difícil de acreditar.

Antes disso, ele havia sido de uma família, ficou uns dias na casa dos novos donos e acabou sendo devolvido! Você acredita? Como pode uma pessoa levar um bichinho desses pra casa e devolvê-lo? Por sorte ele voltou para a PetShop.

Voltou, teve cinomose (uma doença féladaputa que quase o matou) mas ele sobreviveu firme como um Highlander peludo. Da vitrine da Pet para nosso apartamento foi um pulo. Já em casa foi amor a primeira vista... Ele levou quase um ano para dar o primeiro latido, na primeira semana já sabia fazer suas necessidades na rua, mas tinha um probleminha... Comia coco! Isso mesmo... comia. O mais engraçado foi o diagnóstico da veterinária... Desvio de Conduta! Pode? Eu vivia com um poodle com "desvio de conduta".

Posso estar enganado mas acho que ele foi o pioneiro das Escolas de Yôga da Rede, trabalha no Método há mais de 6 anos, fidelizando alunos e prospects com sua simpatia. Já entrou numa aula minha de Pré-Yôga e sentou-se em frente à turma... Assim mesmo como na foto. Ouviu um sonoro óóóÓÓÓÓÓóóó contínuo dos alunos e saiu bem faceiro.

Nós brincávamos de esconde-esconde. Eu já coloquei ele dentro da geladeira, no forno do fogão (desligado é óbvio), no armário... E sempre pedia para a Nai pegar alguma coisa no local onde ele estava para ela se assustar. Era engraçado, ele ficava bem quietinho... Sabia que era brincadeira... Ou não, mas nunca reclamou.

Agora ele perdeu todos os dentes, tá o legítimo "Tigre de Bangela", mas mantém seu ímpeto de nanico nervoso e rosna quando alguém se aproxima da sua ração seca e sem gosto, como se alguém quisesse comer aquele troço! Mas por um pão-de-queijo, ele é capaz de dar a pata, girar, ficar em pé, rodopiar e rolar para ganhar nem que seja uma migalha.

Chora quando ouve a palavra "passear". E vai, com qualquer um, pelas ruas do Bom Fim. Todos o conhecem, o chamam pelo nome... Mas a dona? Não... essa ninguém conhece. Só ele.

Seu nome é José Carlos mas atende pelo codinome de Zeca.

Quer conhecer a pecinha? Ramiro Barcelos 1.800... Passa lá!

4 comentários:

  1. san...lembras das primeiras noites? impendindo que chegássemos perto da cama? hahahaha. pensamos que ele era louco...mas louco é quem me diz que não gosta do zeca...rsrsrsrsrs.

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  2. Sempre acreditei que cão também é gente. Por vezes, mais gente que muita gente. Bonito texto, San!

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  3. O Zeca é um fofo!!
    Saudades de você San! Da Nai, da Ana, da...ai, de todos todos!
    Beijo enorme! E amasso do Zeca.
    :)

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