sábado, 24 de abril de 2010

Music Mr. Dj


Mais um dia de acordar cedo, em pleno sábado, lá vou eu às 7h30 da matina para a parada de ônibus. Tenho que estar às 8h na Federação para ser banca das avaliações de futuros instrutores. Como vi que o dia estava meio cinzento, coloquei meu Ipod shuffle na orelha para descontrair um pouco o clima de velório de um coletivo nessa hora.

O shuffle é uma verdadeira revolução tecnológica, você pode usufruir de todo o seu ecletismo em uma viagem de 10 minutos. Fui de Madonna, a Jorge Ben, passando por Caetano e encerrando com Jhon Swift!

Ouvindo as músicas me distraí, e percebi como um fundo musical pode tornar as coisas mais interessantes.

Gosto de música, não sou fanático como meus amigos Cadu e Joaquim que desencavam umas bandas e uns músicos incríveis não sei de onde.

Lembro que comecei ouvindo Reggae, ouvia muito... Meu primeiro cassete era do Bob Marley e Peter Tosh e umas músicas do Alpha Blondy e UB40. Até Buch Helemano, Big Mountain e Papa Winnie eu ouvi. Acho que tomei um fartão de Reggae que hoje só consigo escutar Bob.

Do Reggae fui para o RAP sob a influência de meus irmão mais velhos. Doctor Dre, Snoopy Dog, Tupac, etc. Ouvi até Charme. que segundo meu irmão era um RAP mais melódico. Achava meio gay, mas ouvia né.

Meus irmãos influenciaram muito meu (mal) gosto musical. Me faziam ouvir Kid Abelha, Camisa de Vênus, Legião Urbana (eca). Me fizeram até gostar de Surf Music. Bandas como, Gang Gajang, Australian Crawl, House Martins, Midnight Oil, embalaram minhas viagens pela Free Way, no Gol GT turbinado do meu amigo Juninho até o nosso majestoso litoral gaúcho.

Por sorte, um dia conheci a Naiana. Ela sim, me introduziu na Bossa Nova, no Jazz, no Blues, no verdadeiro Rock dos Beatles e Rolling Stones e na multifacetária MPB. Lembro de passar horas em frente a coleção de Cds da minha sogrinha predileta (Cleyde, mãe da Nai) imaginando como eu faria pra ouvir tudo aquilo. Com o surgimento do gravador de Cd, enfim pude ter parte daquela coleção no case do meu voyage 2 portas!

Hoje eu ouço de tudo. Não tenho pré-conceito com música. Se rolar um Axé eu sacudo a perna, se for um Funk eu ignoro o ritmo e olho as meninas descendo até o chão, se for sertanejo eu me deixo levar pela a cafonice e a dor de cotovelo, se for eletrônico eu balanço o dedinho indicador... Claro, não ter preconceito não significa que eu vou ter Bruno e Marroni no meu Ipod, mas o que tocar eu tento desfutar, mesmo sabendo que será apenas por algum tempo.

Atualmente o que mais toca no meu Ipod é Carla Bruni, o álbum Transa do Caetano, a trilha sonora de um filme de surfe chamado Shelter, Madonna para animar e João Gilberto para desacelerar.

As fitas cassete já não existem mais, os Cds estão todos descascados e agora é o meu HD externo que vai sendo alimentado por onde eu vou com tudo o que couber nele.

Inclusive, se você tiver alguma indicação para mim... Me avisa que eu levo o HD até você.

Por que só com música uma viagem de ônibus num sábado cinzento fica interessante!



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