sexta-feira, 30 de abril de 2010

Papo de vendedor


Ave Maria... Parece uma sina, ontem recebi um aviso por e-mail e depois uma ligação da atendente do Walmart dizendo que meu novo celular havia sido extraviado pela transportadora e que ela "estaria me enviando" um vale no valor no produto para que eu pudesse "estar escolhendo" outro aparelho do mesmo valor. Acho que é um sinal para que eu não abandone meu super celular...

Sempre comprei pela internet, é fácil, rápido, mais barato e não tem o chato do vendedor te empurrando coisas ou dizendo que você fez uma ótima escolha. Não tem ninguém, é você, as opções, os preços, as condições e pronto!

Uma vez fui com o Lucas numa loja de roupas aqui em Porto Alegre, quem conhece o Lucas sabe que ele fica igual uma criança de 8 anos dentro de uma loja, não deixa o vendedor respirar e pergunta o preço de tudo (até da roupa do vendedor se for o caso). E numa dessas lojas, o tal vendedor elogiava tudo o que o Lucas experimentava, poderia ser a peça mais fuleira da loja, sempre vinha ele com aquele papo: "Noooossa ficou perfeito!" Num dado momento perguntamos para o cara: "Ah meu, as você diz que tudo tá bom! Vai dizer que você gosta de tudo da loja... Esse suéter aqui... Você gosta?" E apontamos para o suéter mais brega que tinha por perto. O cara titubeou e disse em tom baixo: "É... esse aí não muito!" Foi incrível ver a cara do vendedor, olhando para os lados e falando em voz baixa, se encolhendo todo para não ser visto pelos colegas enquanto eu e o Lucas "rachávamos o bico" de tanto rir.

No final da compra nós íamos saindo da loja e eu disse: "Lucas, o sapato que tu comprou... Todos os vendedores estão usando o mesmo!" Ele disse: "Nada à ver meeeeeeeeeu!"

O fato é que depois daquilo foram poucas as vezes que vi ele usar o tal sapato de vendedor da Makenji! Sempre que ele usava eu olhava para ele e ele já sabia o que eu estava pensando só na forma do olhar... Ríamos em silêncio. "Ahãã... Sapatinho do vendedor da Makenji..."

Se ele tivesse comprado pela internet isso jamais teria acontecido!

terça-feira, 27 de abril de 2010

O melhor presente



Falo com a Euge quase todos os dias. Já faz 2 meses que ela foi para Buenos Aires e todos pensam que nossa relação terminou. Diferente do que acontece na novela das oito, seguimos amigos queridos, compartilhando nossas vidas, porém agora de outra maneira. Mas o amor e o carinho seguem. As coisas não terminam... Elas se transformam!

E para provar que isso é verdade, a Euge me deu o maior presente que eu poderia ganhar nesse momento. Ela me deu a gata que era dela e estava sobre minha custódia. Eu nem tenho palavras para descrever aqui nesse blog a felicidade que eu fiquei. Para mim, a Cléo é um pedaço da história de amor mais bonita que eu vivi. E permanecendo ao meu lado, é como se eu pudesse manter essa história ainda viva dentro de mim.

Eu sei o que essa gata significa para a Euge e por isso a atitude dela me fez chorar feito um bezerro desmamado. Para amenizar a saudade, ela tratou de adotar um companheiro também. O seu nome é Leóno! Do que eu sei, é que se trata de um gato de rua, calmo, quieto, peludo e amoroso. Não tenho dúvida que vai alegrar os dias Portenhos tanto quanto a Cléo alegra os gaudérios.

Parece bobagem e até estupidez. Colocar a felicidade num bichano peludo que vive pra comer, dormir e esperar você chegar para ganhar uns carinhos e depois ir... Mas enfim, se isso é bobagem pode me chamar de Bobo da Corte!

Por que eu estou rindo à toa... Pela gata, pelo ato da Euge, pela vida que eu tenho! Sempre cercada de momentos especiais.

Eu sou mesmo um cara de sorte.

sábado, 24 de abril de 2010

Music Mr. Dj


Mais um dia de acordar cedo, em pleno sábado, lá vou eu às 7h30 da matina para a parada de ônibus. Tenho que estar às 8h na Federação para ser banca das avaliações de futuros instrutores. Como vi que o dia estava meio cinzento, coloquei meu Ipod shuffle na orelha para descontrair um pouco o clima de velório de um coletivo nessa hora.

O shuffle é uma verdadeira revolução tecnológica, você pode usufruir de todo o seu ecletismo em uma viagem de 10 minutos. Fui de Madonna, a Jorge Ben, passando por Caetano e encerrando com Jhon Swift!

Ouvindo as músicas me distraí, e percebi como um fundo musical pode tornar as coisas mais interessantes.

Gosto de música, não sou fanático como meus amigos Cadu e Joaquim que desencavam umas bandas e uns músicos incríveis não sei de onde.

Lembro que comecei ouvindo Reggae, ouvia muito... Meu primeiro cassete era do Bob Marley e Peter Tosh e umas músicas do Alpha Blondy e UB40. Até Buch Helemano, Big Mountain e Papa Winnie eu ouvi. Acho que tomei um fartão de Reggae que hoje só consigo escutar Bob.

Do Reggae fui para o RAP sob a influência de meus irmão mais velhos. Doctor Dre, Snoopy Dog, Tupac, etc. Ouvi até Charme. que segundo meu irmão era um RAP mais melódico. Achava meio gay, mas ouvia né.

Meus irmãos influenciaram muito meu (mal) gosto musical. Me faziam ouvir Kid Abelha, Camisa de Vênus, Legião Urbana (eca). Me fizeram até gostar de Surf Music. Bandas como, Gang Gajang, Australian Crawl, House Martins, Midnight Oil, embalaram minhas viagens pela Free Way, no Gol GT turbinado do meu amigo Juninho até o nosso majestoso litoral gaúcho.

Por sorte, um dia conheci a Naiana. Ela sim, me introduziu na Bossa Nova, no Jazz, no Blues, no verdadeiro Rock dos Beatles e Rolling Stones e na multifacetária MPB. Lembro de passar horas em frente a coleção de Cds da minha sogrinha predileta (Cleyde, mãe da Nai) imaginando como eu faria pra ouvir tudo aquilo. Com o surgimento do gravador de Cd, enfim pude ter parte daquela coleção no case do meu voyage 2 portas!

Hoje eu ouço de tudo. Não tenho pré-conceito com música. Se rolar um Axé eu sacudo a perna, se for um Funk eu ignoro o ritmo e olho as meninas descendo até o chão, se for sertanejo eu me deixo levar pela a cafonice e a dor de cotovelo, se for eletrônico eu balanço o dedinho indicador... Claro, não ter preconceito não significa que eu vou ter Bruno e Marroni no meu Ipod, mas o que tocar eu tento desfutar, mesmo sabendo que será apenas por algum tempo.

Atualmente o que mais toca no meu Ipod é Carla Bruni, o álbum Transa do Caetano, a trilha sonora de um filme de surfe chamado Shelter, Madonna para animar e João Gilberto para desacelerar.

As fitas cassete já não existem mais, os Cds estão todos descascados e agora é o meu HD externo que vai sendo alimentado por onde eu vou com tudo o que couber nele.

Inclusive, se você tiver alguma indicação para mim... Me avisa que eu levo o HD até você.

Por que só com música uma viagem de ônibus num sábado cinzento fica interessante!



quinta-feira, 22 de abril de 2010

E quem não tem?


Acabo de ser diagnosticado por mim mesmo. Tenho TOC. Sim, tenho. Ué! Tenho... Fazer o que? Reconheço, assumo e compartilho meu transtorno com a humanidade. Mas é coisa pouca, bobagem. Algumas vezes antes mesmo de sair da cama já coloco o travesseiro no lugar. Pulo da cama arrumando o lençol. Cato o celular na mão direita, e uns pelos da gata na esquerda, alinho paralelamente os controles remotos, etc. Só isso. Mas quem não tem uma maniazinha? Meu TOC é variável, às vezes deixo a cama bagunçada. Talvez seja resquício da juventude transviada e rebelde. Eu sempre dizia que cama tem que ficar desarrumada por que no final das contas ela vai se desarrumar mesmo. Mas tem dias que arrumo. E quarta arrumei em pleno feriado, a cama, a sala, a cozinha, a sala de jogos (sim... Meu apto. tem sala de jogos, onde eu jogo tudo e fecho a porta pra não ver), os banheiros, os quartos, etc. A pobre da Cléo ficou louca, miava sem parar como se dissesse: "Pára meu! relaxa, é feriado!" Mas minha Compulsão com "C" maiúsculo não me permitia. Quando me dei conta, já era hora de ir pra escola, inventei de dar aula no feriado, é mole? Para fazer os alunos felizes e também para não passar o dia inteiro arrumando a casa. Não muda muito, chego na escola e o TOC me persegue. Já entro olhando, a placa encostada na parede, a cortina desalinhada, semi-aberta e não totalmente aberta, as canetas fora do lugar, o jornal sobre o sofá, os livros desarrumados, os copos de plástico acabando, o lixo meio cheio... Ahhhhhhhhhhhh! Vinte e cinco segundos na escola e meu TOC masturbando meus pensamentos.
Mas sabe, eu não sofro! Quem sofre mesmo é minha equipe (esses sofrem de verdade).
Pensei em buscar ajuda psiquiátrica!
Só pensei.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quero ser aceito!


Meus amigos se afastaram de mim. Percebi que, muitas vezes aqueles que estavam comigo em algum restaurante ou evento, ou até mesmo caminhando na rua, fingiam não me conhecer. Num dado momento, me tornei motivo de chacota entre meus colegas e percebi que muitos me destratavam... Claro, nenhum membro daquele Clã aceitaria a minha presença. Era uma afronta para muitos deles. Eu entendo... Aceitei... Mas não consegui suportar a dor causada pelo rechaço! Muitas vezes, sozinho, em casa ou no trabalho, chorava manso... De tristeza. A não aceitação destrói suas capacidades, mina suas defesas, limita sua iniciativa. Tinha que mudar...

Pois hoje, acordei com o ímpeto dos revolucionários, com o desejo dos grandes conquistadores. O tempo frio, a chuva fina, me deixaram mais pensativo. Refleti sobre o tema e decidi superar esse dilema. Não quero mais esse destrato. Não aguento mais as brincadeiras de mau gosto, não suporto mais a indolência de meus amigos. Mesmo a contra gosto, mesmo tendo que sofrer com a mudança, mesmo sabendo que vai ser difícil me adaptar a esse novo paradigma...

Comprei um celular novo!

Já sinto saudade de meu Ai-fone Nokia. Sua tela pluri-colorida, seus sinais sonoros nada personalizados, sua bateria de lithium hiperpotente com duração de um mês, seu eficiente sistema de recarregamento instantâneo, seu inabalável sistema de travamento de teclado e sua indestrutível estrutura física, capaz de superar uma queda do Burj Dubai, o prédio mais alto do mundo... Vão fazer falta.

É meu amigo, o que a gente não faz pra ser aceito no grupo.


domingo, 18 de abril de 2010

Insights perdidos


O filme foi lançado em 2007 e eu acabo de assistir pela 4ª vez. Não sou cinéfilo, longe disso, mas ontem à noite estava em casa deitado no meu quarto com minha TV na sala ligada para fazer companhia. Num dado momento, reconheci a trilha sonora, e a cada música que entrava eu recordava da cena. Hesitei em ir pra sala pois já havia visto o filme 3 vezes e imaginei que não teria necessidade de mais uma. Ao passar pela sala, na direção da cozinha, me deparei com a cena em que meu amigo Alexander Supertramp encontrava seu Magic Bus e sem perceber, estava envolvido pela 4ª vez com a história. Mesmo com os olhos ardendo de sono, assisti até o final. Nunca soube o que me pegava mais no filme, se era a louca história de Cristopher McCandless, a relação do filme com minha maneira de ver as coisas, a trilha sonora de Eddie Vedder do Pearl Jam, as locações incríveis e a puta direção do Sean Penn, a atuação surreal de Hemile Hirsch... Não sabia, até ontem! Pois eis que, justo no leito de morte, meu amigo Cris deixava pra mim (pela 4ª vez) a seguinte mensagem: "Happines only real when shared!" A felicidade só é real quando compartilhada!

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Viajar sem sair do lugar

Um texto de um dia em São Paulo com meu amigo Joaquim... Esse aí do fundo da foto, sempre ligado na tomada!

Viajando sem sair do lugar. Long time ago!

Sábado fomos na estação da luz, no centro de São Paulo, ver o museu da língua portuguesa, e viajei pela história do país, desde antes mesmo do descobrimento, cheguei até a ir à Índia, na origem Indo-Européia do Latim arcaico, vindo do Sânscrito, até a nossa língua atual. No meio disso tudo, fui até a Bahia, aprender as origens do Candomblé, da capoeira, voltei pro sul pra entender a influência dos imigrantes europeus, aprendi Tupi... Guarany, e fiquei espantado como os lingüistas atuais teimam em dizer que o "Y" não existe no nosso idioma. Os Índios amavam o "Y".

Seguimos em direção ao MAM (museu de arte moderna de Sampa) onde mais uma vez voltei pra Bahia, através das maravilhas criadas por Carybé. Você não sabe quem é Carybé? ããããããã!
Eu sempre achei que Carybé fosse um francês que se apaixonou pelo Brasil, demorei 10 anos pra descobrir que Carybé é Argentino. Perguntado se ele havia nascido na Bahia ele respondeu: "Não... Não mereci!" Com isso ele ganhou meu coração, abriu mão da sua origem pra mergulhar na cultura brasileira e provavelmente compreende o Brasil melhor que muitos de nós!

À noite, ainda tivemos tempo de ir num show no SESC Pinheiros pagando uma merreca de dez reais (para estudante) e curtir um show com o melhor do samba carioca... Foi como estar em copacabana ou no baixo leblon, e o melhor, era proibido fumar no local (e o pior era que as pessoas cumpriam o determinado e iam fumar na rua).

Domingo, deitado na minha caminha dura no chão do apartamento de uma amiga baiana (mas como a Bahia esteve presente) pude perceber que estive em muitos lugares e ao mesmo tempo não estive. Quando você viaja mentalmente, pode-se estar em qualquer lugar do mundo.

Segunda-feira, Acabo de sair de uma fila gigante no Bradesco da Av. Paulista. Nem senti que estava lá... Voltei pra Bahia, passei por Fernando de Noronha, surfei, mergulhei, corri, pedalei e ouvi uma voz dizendo: "Próximo... Senhor... Próximo..." Era a menina do caixa, me trazendo de volta a São Paulo.

Você está, onde sua consciência está!
Pense nisso.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Conceitos que perduram


Estava no ônibus (o lugar mais democrático da cidade) e era impossível não acompanhar um diálogo atrás de mim, pois sabe como é ônibus... Muita gente no mesmo lugar, cada um na sua, em silêncio, ouvindo música, lendo e sacudindo pra lá e pra cá no balanço da suspensão a ar. Aí quando alguém inventa de conversar com outrem que está na poltrona ao lado é inevitável que todos ouçam (tirando os Ipod maníacos). Não os via, mas pela voz percebi que era um guri de mais ou menos 18 anos contando sua experiência de vida a outra guria, essa com uns 22, 25 anos. O guri fala que esta feliz por que um novo shopping vai abrir perto de sua casa e que agora, enfim, ele teria um lugar para ir todos os dias. A guria concorda. Ela pergunta o que ele anda fazendo e ele relata que está apenas estudando inglês, por que não havia passado no bendito vestibular da Federal e que teria que esperar até o final do ano para fazê-lo outra vez. A guria diz pra ele não desistir, que nem que levasse 10 ano (isso mesmo... 10 ano e não anos) ele tinha que tentar até conseguir. Ele, diz que não está muito preocupado pois ele estava jovem (isso mesmo... estava jovem). Ela, orgulhosa, diz que está fazendo estágio (para ganhar experiência), e estuda à noite... Todos os dias. Que chega em casa lá pelas 23h20 e nunca pode acompanhar a novela. Só vê o chato do Gordo! (Deve ser o Jô) Ele diz que isso é bem legal e que ele não vai desistir de entrar pra faculdade para enfim poder ser alguém na vida. Finaliza dizendo que tudo tem seu tempo e que se ele ainda não passou no vestibular é por que não era para ter passado, mas que vai tentar nem que seje (isso mesmo... que seje) a última coisa que ele faça na vida!

Cheguei ao meu destino, desci e fiquei pensando... Até quando as pessoas seguirão com o paradigma da era dos meus avós: "Faça uma faculdade e arrume um bom emprego meu filho!"

Veja bem, nada contra a faculdade, eu mesmo fiz e fui feliz, mas está na hora de rever alguns conceitos. O mundo mudou e alguns conceitos teimam em perdurar!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Começando bem o dia


Peguei as folhas antigas... Subi as escadas... Fiz a curva da escada desconfiado, caminhei pelo corredor, cheguei na sala, abri a porta e... Ela estava lá! Me olhando de lado, piscando verde, incólume, fingindo que eu não existia. Na verdade, ela só estava esperando a minha aproximação. Entrei, pé por pé. Puxei a cadeira lentamente. Sentei. Olhei de canto e ela seguia piscando pra mim. Ignorei. Olhei pra tela na minha frente e disfarcei... Abri arquivos, alterei, montei, desmontei, modifiquei, melhorei, salvei e... E agora? É chegada a hora, momento de tensão. Pensei: "Vou fingir que não é comigo, vou apertar os botões calmamente, afim de não cometer nenhum deslize que possa comprometer o andar da carruagem." Lá vai. Control P. Selecionei a dita cuja sem que ela percebesse. Só faltava o click final. E ele veio... Suavemente... Enter!

Brrrr... Bloing.. Blin Blon... Zuuuuu Zuuccc... Nhémmmm... Ggrrrrrrr... Aviso! Erro de alimentação - encravamento de papel!

Ahhhhh! Fala sério... Impressoras não eram pra ajudar a nossa vida? Quero voltar no tempo do Offset, da Rotogravura... Que diabos! Essa maldita Multi-(IN)Funcional.

Ela ria... Eu senti que ela ria. Piscando vermelho com o E de error bem grande pra me desmoralizar.

Comecei bem o dia!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia do Beijo



O beijo tem o dom de dizer o que as palavras não conseguem! Feliz dia do Beijo pra você! Beije muito...

Fora do ar!


Passei em branco... Estive fora do ar... Sem escrever, tentei, não fluiu nada... Pensei: "será que é o fim do meu blog?" Claro, por que se não tenho nada pra dizer! Meus Deus! Pra que ter um blog então.

Na verdade, pensei e escrevi sobre diversos temas como:

1) Sono (ando dormindo pouco e encontrei muitos estudos sobre isso na internet mas achei todos muito acadêmicos e não consegui unificar as idéias e desisti)

2) Google (ao procurar coisas sobre o sono descobri que poderia falar sobre o Google, ele é meu pastor e nada me faltará... mas não consegui me expressar bem)

3) As coisas (escrevi sobre o fato de as coisas serem como são mas achei muito cabeça e não publiquei)

4) Gatos (mas já tô ficando maníaco com esse negócio de gatos, aí deletei tudo!)

5) Praia (ahhhhh... escrevi sobre a falta que ela me faz, mas fiquei tão nostálgico que apaguei)

6) Etc... (é... sério, escrevi sobre o etcétera, mas achei inoportuno, sem graça, etc.)

Pombas tchê! Aí larguei de mão e fui dormir... Mas não desisti não. Só estive fora do ar!


sábado, 10 de abril de 2010

Uma gata em minha vida


Eu nunca gostei de gatos, sempre achei um bicho traiçoeiro, tinha até medo de chegar perto. A minha unica experiência com um felino era um Garfield de pelúcia que meu irmão tinha preso com ventosas no vidro traseiro do Gol 2 carburadores da família nos anos... Hummm... Deixa pra lá! Quando mudei para o apartamento que hoje estou com a Euge, a primeira coisa que ela solicitou foi a presença de um gato entre nós. Hesitei em primeira instância e perdi na segunda. Dois meses depois entrava na minha vida uma gata peluda com o nome de Cleopátra. Sim.. Cleopátra com essa entonação por que é em espanhol. Paixão à primeira vista, deixei de lado o pré-conceito e me entreguei com todo amor e paixão pela "gatuna" e seus mimos e maluquices como acordar-me todos os dias às 6h da matina, enlouquecer justo na hora em que resolvia ir pra cama dormir, atracar-se na rúcula recém chegada do supermercado, tomar água da pia, dormir na pia, esconder-se no armário (as vezes passar o dia lá), jogar o tal "ratinho de pelúcia" pra tudo que é lado e revirar o apartamento de pernas pro alto com isso, enfiar-se na primeira sacola que estiver disponível, gritar feito uma louca ao perceber minha chegada em casa, roer a rede de proteção e fazê-la parecer a rede dos Nardoni (humor negro... eu sei), revirar meus DVDs e derrubar a televisão inutilizando-a para siempre, etc, etc, etc...
O mais incrível é que, mesmo com toda essa bagunça... eu me apaixonei por ela, e mais... Ela me fez ver os gatos com outros olhos, despertou em mim o amor pelos felinos. Mês que vem ela vai me deixar, vou mandá-la para Buenos Aires com sua mama, (seria muito egoísmo meu ficar com a Cléo... a Euge morre por ela e afinal de contas foi ela que sempre quis a gatinha), meu coração vai partir junto, mas meu amor pelos gatos fica. Vou morrer de saudades dela, mas já escrevi sobre perdas aqui mesmo nesse blog, acho que estou me acostumando com essa sensação. Vou aprender com isso tudo e tirar coisas boas pra minha vida. Quem sabe uma irmãzinha pra Cléo vem por aí... quem sabe...
Nesse exato momento enquanto escrevo a Cléo ronroneia deitadinha do meu lado, linda, peluda e soberba como todos os felinos.
Viva los gatos!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Perdas e danos


Incrível como é a vida... Ontem à noite era um dia especial, em que enfim pude reunir minha turma das 20h de SwáSthya para uma confraternização, um momento de alegria e felicidade, principalmente pra mim que sou Instrutor e vibro quando vejo uma turma tão amiga e alinhada. Eu curtia a minha alegria enquanto sabia, por um telefonema, que meus amigos do coração perdiam um ente querido à tiros em Floripa. Liguei pra um deles pra saber como foi e dizer algumas palavras de conforto pois sabia que naquele instante ele se preparava para voar até Floripa afim de acompanhar o desenrolar dos fatos. Pude sentir a dor da perda na sua voz. E pude imaginar também o dia que seria hoje... Velório, polícia, depoimento, lembranças... Uma tristeza sem fim. Na vida estamos à todo instante perdendo e ganhando mas mesmo assim, por mais consciente que sejamos, a dor da perda parece um destino inevitável. Chorar a perda, viver a perda, sentir a perda, é sempre mais difícil. Perdemos amigos, namoradas, animais de estimação, parentes queridos... E é sempre aquela dor... A mesma dor que finca o peito como uma agulha. Tive um dia muito bom, produtivo, recebi notícias boas, estive com pessoas queridas, e num dado momento me lembrei de que meus amigos não teriam o mesmo privilégio. Pra eles o dia seria, inevitavelmente, de perda e dano... Amigos queridos? Mando muita luz por que sei que só vocês podem ajudar à todos por aí, com o carisma e a maneira de ser que fazem de vocês pessoas especiais. Um beijo no coração de toda família.

Arte Chinesa


Liu Bolin é o nome da figura... O cara é o Camaleão Chinês. Ele pinta seu próprio corpo (ou de alguém) para camuflar-se com o ambiente. Zài jiàn. Fei-cháng gàn xìe. (adeus e muito obrigado em chinês... é craro né!)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Terça-feira de trabalho


Ontem cheguei na escola às 7h30, dou aula as 9h mas tenho receio de me atrasar, moro há 2 minutos e 47 segundos da escola (se o farol estiver aberto), mas gosto de chegar cedo, o clima da manhã me faz bem! Durmo pouco, mas o suficiente para estar bem no dia seguinte. Na verdade sou um privilegiado, meu trabalho e minha vida são uma coisa só, então chegar antes do meu horário é um prazer. Saí da escola às 13h para almoçar, fui sozinho, caminhando pela Carlos Gomes até um restaurante. Entrei, sentei, comi, paguei e fui embora. Cheguei a ligar para alguns amigos para almoçar em companhia, mas no final, estar sozinho me fez pensar bastante, organizar as coisas na cabeça, (re)pensar outras... Volto pra escola e sigo meu dia. De hora em hora, aulas e alunos entrando e saindo, gente que quer informação, fornecedor, mãe de aluno, banco, contas, contratos, contatos... Chimarrão. Quando me dei conta de que era 19h, parei e fui fazer um sádhana com meu pupilo Éder. Não costumo muito praticar com meus monitorados por que sei que eles ficam nervosos e isso pode até atrapalhar o andamento da aula e prejudicar os alunos. Mas precisava recarregar a pilha biológica. Em casa, tenho um canto pra praticar, sempre que posso, faço alguma coisa antes de sair de casa pela manhã. Mas ontem não era um desses dias, pois como disse, gosto de chegar cedo na escola nos dias que dou aula pela manhã. A aula do negão tava incrível, me enchi de orgulho e pude saborear cada palavra, aquela aula que te faz pensar: "Nada pode ser melhor que isso!" Em seguida tinha que dar aula de Pré-Yôga, confesso que foi difícil, queria mesmo era poder desfrutar daquela sensação que a prática me proporcionou, mas... ossos do ofício! Me esforcei para dar a melhor aula aos meus alunos das 20h. Acabei saindo da escola às 22h, liguei pra uma amiga, fui jantar na minha casa de massas predileta (Atellier das Massas), entrei, sentei, comi, conversei, conversei, conversei, ri, sorri e até café tomei. Na volta pra casa lá pelas 24h me dei conta que o dia estava acabando e não tinha sono, se pudesse continuava o dia, chamava os amigos, voltava pra escola, praticava...
Tem gente que pede um dia mais longo pra poder fazer tudo.
Se eu pudesse, não dormia... Só pra viver mais!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tempo


"Tempo, tempo, tempo, tempo, és um dos deuses mais lindos..." já dizia a música de Caetano.

Pouco tempo, tempo feio, tempo frio, inverno chegando, e as aulas começam a esvaziar. Escrevo pra chamar a atenção de vocês para que, como praticantes... conscientes, não entrem nessa de tempo. Não se deixem tornar escravos do tempo. O tempo, é você que faz. Não é o tempo que faz você. Cansei de ver gente reclamando de falta de tempo. O problema é matemático, simples. São 24hs. Então:

1) quanto tempo você precisa dormir?

2) quanto tempo você dedica ao seu trabalho?

3) quanto tempo você dedica pro lazer?

4) pra família, amigos, atividades sociais (festas, casamentos, formaturas, sat chakras, hehe)

5) esporte, pintura, ócio, cinema, Yôga, leitura, MSN, orkut, namorada (isso sim toma um tempo...), e-mails, trabalhos, normas da ABNT, trânsito, farol fechado, blá blá blim, blá blá blom!

Simples. NÃO DÁ PRA FAZER TUDO em um dia. Organize seu tempo, priorize as coisas e ACEITE o fato de que não conseguirá fazer tudo. Senão você será um frustrado por não conseguir fazer aquilo que tinha programado. Paciência. E não esqueça dos os imprevistos, que tomam um tempo do caramba!

Então... Nunca diga para um amigo querido que você não tem tempo. Não diga que você "tá na correria", (por que todos estamos, é chover no molhado). Aceite o fato de que tem muita coisa legal e chata pra fazer e que não cabem nas horas que temos de vida.

Permita-se faltar uma aula de Yôga no frio do inverno, aceite o sinal fechado, o trânsito xarope (ligue o rádio, ouça uma música), encare com naturalidade o fato de você não conseguir visitar aquele amigo antigo da faculdade, que você encontrou no orkut e vive combinando um encontro que nunca acontece. Aceite sua TPM (e se você for homem, aceite a TPM delas).

E quando encontrar alguém que você não vê há muito tempo, evite aquele chove não molha de: "Pô, vamos se ver!" que isso não vai acontecer. Aproveite os instantes que você já está ali, com a pessoa na sua frente. Usufrua da sorte de encontrá-la. Não foi por acaso. Agora... marcar um jantar ou uma viagem para o mês que vem... nem pensar! Isso não vai acontecer e você vai ficar frustrado. Depois, chega em casa tarde da noite e diz. Tô exausto, e não fiz nem a metade do que queria ter feito. Bem feito! Errou na matemática. 24hs.

No Yôga o tempo é chamado de Kála. Está relacionado com o ciclo existencial descrito no Sámkhya. Ciclo de nascimento, vida e morte. Os antigos diziam que o tempo é relativo, daí o surgimento do provérbio: "Tudo o que é bom dura pouco". Compare... dez segundos com a pessoa amada que você não via há dez anos e dez segundos na cadeira do dentista com ele enfiando aquela broca barulhenta na panela posterior pré-molar. Ufa! A meditação, ou o estado de consciência intuicional, é atemporal. Esqueça! Você não vai meditar por 5 minutos, você vai entrar e sair desse estado de consciência várias vezes em 5 minutos. Por que o alimento da mente é a dispersão e se você conseguir manter o foco com prazer, a dispersão vais sendo substituída pelo estado prazeroso de estar ali, parado, concentrado, independentemente do tempo. Pode ser 5 minutos, pode 20, não importa, treine sua concentração sempre que puder, durante todo o dia. Quando estiver fazendo qualquer coisa que seja, esqueça o tempo e faça por prazer, focado e concentrado pra fazer o melhor possível.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A velhice...


"O bom de envelhecer é que você fica com preguiça de sofrer!"
do meu amigo Santana

6h a gata mia, o sol levanta, os olhos abrem, o corpo estica, a preguiça bate, o chuveiro pifa, o banho é frio, a música é lenta, a gata é loka, a geladeira vazia, a barriga também, a roupa é certa, a porta fecha, a mochila pesa, o elevador é vago, a rua é calma, o ar é fresco, a lua é cheia, o caminho é perto, a avenida é lenta, os passos curtos, a escola é quieta, o chimarrão é quente, os alunos chegam... começa o dia!