sexta-feira, 30 de julho de 2010

Perigo...TV aberta!


Esse mundo tá perdido! Saí de uma aula particular neste exato momento, sentado no sofá da escola, Tv ligada, o chimarrão quentinho, o solzinho do inverno que entra pela janela...

Preguiça batendo, afundando no sofá, meio frio, meio quente, meio gripe, meio nariz funcionando (o que pra mim já é mais oxigênio do que qualquer mortal) meio dormindo, meio acordado... Where I am? Who am I?

Olho pra frente e vejo... numa imagem meio embaçada... a surrealidade de uma boneca loira, com um cabelo que não se move, no último tom das luzes do salão, e uma cara tão lisa, mas tão lisa que eu pensei estar vendo a bunda falante de um bebê foca! Ao seu lado, um cãozinho com cara de gremlin vestido com uma roupinha florida que, com certeza, ele não quis pôr. Como se não bastasse essa interação da boneca com o cão feioso, eis que surge um papagaio verde de bico amarelo com uma voz estridente contando uma piada sem graça! Meu Deusssssssss! Como eu faço pra sair desse transe?

Esfrego os olhos... Bato na própria cara. Mais um mate... Ronc Ronc... Ufa! Por sorte, me livro do transe e aprendo:

Nunca sentar à frente de uma TV com canal aberto quando estiver cansado! Vale sempre a regra do yôganidrá... Permaneça lúcido e acordado!

Programas matinais podem causar danos irreversíveis!

sábado, 24 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Agendando na mente


Marquei uma consulta no oculista (e aprendi que oculista virou oftalmo) há duas semanas atrás. Dia tal, hora tal, lugar tal... Tudo anotado, na minha mente, por que resisto em usar agenda. Na verdade, não sei usar e não quero usar. Esse negócio de andar com uma agendinha debaixo do braço parece coisa de missionário. Então, enquanto a velhice não me atrapalhar vou hesitar.

Mas confesso que para certas coisas minha mente se desliga. Coisas que eu não considero importantes (o que seria na agenda do meu amigo Thomaz "prioridade C"). E com o dito oftalmologista foi assim. Era só um check-upzinho... Nada demais!

Horário de saída calculado para não atrasar, lembrei que havia esquecido a carteira do plano de saúde em casa. Sorte que moro ao lado da escola e que a clínica também é perto. Fui em casa pegar a carteira, lembrei que havia esquecido o nome do médico. Liguei para uma amiga que havia me indicado o tal médico. Dr. Fábio Dornelles disse ela. Ok. Fábio Dornelles Fábio Dornelles... Fui repetindo.

No caminho lembrei que não havia recebido um orçamento que solicitei dias antes para colocação de um piso novo na escola. Não lembrava o telefone do local. Liguei para escola, pedi para o Thomaz buscar no google e me passar o telefone. Nesse meio tempo, recebo uma ligação de outro cara que ficou de passar um orçamento de azulejos e enfim... Falei com todo mundo e acabei esquecendo o nome do médico. Mas havia feito uma associação com o nome de uma rua da cidade: Pedro Chaves Barcelos (que não tem nada a ver com Fábio Dornelles).

Como estava na porta da clínica... Entrei. Olhei ao redor, só haviam crianças e suas respectivas mamães. A recepcionista me olhou estranho... Eu sorri, e disse: "Boa tarde, tenho hora com o Dr. Pedro!" Ela franziu o cenho e disse: "O senhor tem certeza! É que hoje é apenas atendimento pediátrico. Além disso, não temos nenhum Dr. Pedro."

E eu respondi com toda certeza do mundo: "Claro! Certeza absoluta. Dr. Pedro às 15h20 do dia 19 de julho."

Ela com um sorriso amarelo (quase chamando a segurança do prédio) me responde: "Ahhh senhor... É que hoje é dia 20. Aqui está seu nome... Dia 19 de julho, 15h20 com o Dr. Fábio. Foi ontem." E nem me deu a opção de remarcação. Senti uma pitada de medo vindo do outro lado do balcão.

Algumas mamães que estavam mais perto do acontecido, acolheram seus filhos como que a protegê-los daquela besta loira ameaçadora! Todas sem exceção me olhavam amedrontadas... Torcendo para que eu saísse dali o quanto antes.

Eu sorri para todas, fiz um bilu bilu numa simpática criancinha indefesa e solicitei a remarcação da minha consulta. Saí da clínica como se nada demais tivesse acontecido.

Ao chegar na rua ri muito ao telefone contando para minha amiga o acontecido. Rimos juntos... Foi divertido!

Passei por uma livraria e quase comprei uma agenda.

Mas vou tentar primeiro uma secretária.

sábado, 17 de julho de 2010

Friooooooo


Essa vida de esquimó está de matar! Meu apartamento parace um iglu... Não dá nem vontade de ir pra casa, até o ar condicionado condicionar o ar eu já empedrei de frio.

E ir no banheiro então? Meu Deus! Se for número um até que é mais fácil (se você encontrar o dito cujo). Mas é no número dois que sentimos na pele (da bunda) a frieza de ser mulher. A dica que recebi é sentar nas mãos... Funciona, mas se demorar muito gangrena os dedos.

E o banho matinal? Eu, se não tomo, não acordo. Seis da matina, sair do berço com minha gatinha esquentando os pés e o edredon nosso de cada dia, é de matar!

Pé por pé, sem tocar o calcanhar a gente tira a roupa e entra no banho quente! Ahhhhhhhh... Ufa! E agora? Sair daqui? Vai postergando, postergando, até se atrasar e ter que sair correndo. Toalha fria, chão frio, até o quarto, bota roupa fria, e bate os lábios até esquentar.. bbbbrrrrrrr.

Sai de casa caminhando sente o ar gelado rasgando seu nariz... Pior é quando seu nariz chega sempre na frente de você (que é o meu caso). Sinto que qualquer dia desses ele cai.

Então não se assuste se eu aparecer com um nariz de Michael Jackson... Vou aproveitar o frio e dar uma recauchutada.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A pensar...


Já me perguntaram quantas horas eu trabalho por dia. Não sei dizer... Acho que trabalho todo dia. Talvez umas 28 horas. Minha vida se confunde com minha profissão e vice e versa. Não há como dissociar as coisas. Mesmo dormindo, tenho insights que me auxiliam na melhoria do trabalho e da minha maneira de ser.

A "jornada de trabalho" definida por lei na nossa constituição (retrógrada), fala em 8hs diárias ou não mais que 44hs semanais.

Existe até um tal de Direitos do Homem que é de 1948 (uma época em que beijar engravidava) que orienta regular o período de trabalho pois seria algo essencial para o ser humano, seja pela ordem social, econômica ou biológica. Destaca ainda o artigo XXIV que "Todo homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas".

Trabalho, e trabalho bastante! Mas, existe uma relação que está mais ligada ao trabalho de um artista que pinta o seu quadro do que a de um bancário que olha no relógio de cinco em cinco minutos para verificar quanto falta para cumprir sua "jornada".

Pergunte a um artista quantas horas ele trabalha por dia! E diga a ele que seu trabalho não é trabalho! Já ouvi muito aluno (pré-conceituoso) dizendo: "Ahhh!!! Mas ficar dando aulinha todo o dia é uma barbada!" Nem comento... Sorrio!

Ontem um aluno querido me disse estar muito triste por que terá que parar de praticar! Disse-me ele que recebeu uma proposta de trabalho (muito boa) que o impede de ter um horário para praticar. Não vejo onde entra o "muito boa" nisso... Mas...
Ele é médico... Casado com uma médica... Provavelmente a nova proposta o auxiliará na ascensão social e econômica dentro da profissão. Mas... e como fica a sua vida?

Segundo a declaração de Helsink: "É missão do médico salvaguardar a saúde do povo. O conhecimento e consciência dele ou dela são devotados ao cumprimento desta missão".

E da saúde do médico? Quem cuida?

Nunca entendi essa dicotomia entre profissão e vida real. Parece que são mundos diferentes! Na época da faculdade tinha um excelente professor, médico cardiologista dos bons. Ele tinha ótima didática, era articulado, dava gosto de ouvir. No entanto acabava a aula e o cara saía para fumar um Marlboro com alguns alunos!

Não sei dissociar quando estou trabalhando ou quando estou de férias remuneradas... Essa é minha vida, exatamente como ela é.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

a volar...


Olha meu amigo... você.. é... sim... você, que está aí me vendo pelo monitor, sem nada pra fazer, nesse momento único da sua vida... vá por mim, ouça a voz divina, a voz de Deus, a voz dos seu "eu" interior. Ele está aí pra te dizer as coisas e você está aqui para ouvir. Não se faça de desentendido. Não finja que não sabe do que eu estou falando... Olhe pro lado, veja o mundo à sua volta mas escute a voz que está dentro de você... por mais rouca e ludibriante que ela seja. No fundo, no fundo é lá que habita a real natureza das coisas... E de lá reverbera a seguinte frase:

"...não leve a vida tão a sério..."

Beijo na bunda!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

ser (surpreendente) humano


Hoje em dia, saber ao certo o que se passa na cabeça do outro é uma tarefa árdua e, no meu ponto de vista, impossível. Quando você pensa que conhece o ser humano ele vem e te mostra que tudo pode ser diferente, que a idéia que você tinha dele realmente se confirma como sendo apenas uma idéia mas que a essência, a natureza real, é diferente.

O que leva uma pessoa a sair de casa numa manhã de terça-feira, sacar uma grana em um banco e sumir... Escafeder... Desaparecer sem dar notícia?

Olhando assim parace uma insanidade, mas o que realmente se passa na alma do indivíduo que toma uma atitude dessas você só pode saber sendo o tal indivíduo.

Ninguém tem o direito de intervir no seu caminho... Eu sei. Mas lembre-se que você nunca está sozinho. Sempre haverá alguém para compartilhar seus anseios e dúvidas.

Não tome uma atitude drástica sem fazer uma consulta ... Converse com seu amigo, pai, irmão, colega, padre da paróquia, ou seu cão de estimação... Consulte, fale, comunique-se.

É inacreditável que hoje em dia, pessoas passem tanto tempo escrevendo e-mails, olhando redes sociais, blogs, sites, etc... E não são capazes de se comunicar com profundiade. De dizer: "Amigão! Tô perdido... Por favor, me ajude!"

Parece que evoluímos nos meios de comunicação e involuímos no conteúdo dessa informação. As relações estão cada dia mais superficiais e conhecer alguém a fundo, parece ser cada vez mais difícil.

Então... para você que perde seu rico tempo lendo meu blog e se considera meu amigo, eu digo:

Quer surtar? Surte! É seu direito... Mas me avise pra eu não surtar junto.